Clima: Agências católicas para o desenvolvimento pedem mais justiça aos governos e à sociedade

Instituição portuguesa une-se a congéneres internacionais

Lisboa, 01 out 2013 (Ecclesia) – Os responsáveis de agências católicas para o desenvolvimento, que trabalham em mais de 100 países, reagiram ao último relatório do Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas e pedem mais ação e justiça climática.

“O relatório confirma o que vemos diariamente no trabalho com as comunidades vulneráveis: que as alterações climáticas atingem de forma mais dura os mais pobres, que são os que contribuído menos para o problema”, explicam os 19 signatários do CIDSE, onde se inclui a Fundação Fé e Cooperação (FEC), ligada à Conferência Episcopal Portuguesa.

Aos governos, pedem “medidas urgentes” que transformarem a economia de baseada em combustíveis fósseis em “sociedades de baixo carbono” e que “apoiem financeira e tecnicamente” os países em desenvolvimento para construírem caminhos de desenvolvimento sustentável.

“Apelamos também aos cidadãos do mundo: todos precisamos de viver de forma mais simples, para que todos os seres humanos possam simplesmente viver”, acrescenta a nota.

As agências católicas para o desenvolvimento trabalham em prol da redução da pobreza e pela promoção da justiça social, em mais de 100 países, e no comunicado, que resulta do relatório do Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês), assinalam que “as alterações climáticas são um facto inegável, cuja causa é a atividade humana”.

No documento a que a Agência ECCLESIA teve acesso, os diretores da CIDSE, informam que acabou o tempo para a dúvida e para “decisões míopes e baseadas no autointeresse”.

Só a ação consciente que existe “urgência” em resolver a “crise climática” é que permitirá reduzir a emissões que “provocam” estas alterações, que “podem entrar numa espiral incontrolável”, e manter a temperatura no limite “acordado internacionalmente” de 2 graus celsius até ao final do século.

Os 19 responsáveis reafirmaram ainda o “compromisso em garantir o bem-estar de todos os seres humanos na obra criadora de Deus, priorizando as necessidades dos mais pobres e vulneráveis”.

CB

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