Porta-voz do Vaticano fala em «gesto humanitário»
Cidade do Vaticano, 03 dez 2021 (Ecclesia) – O porta-voz do Vaticano anunciou hoje que um grupo de refugiados e migrantes no Chipre vão ser acolhidos na Itália, com o apoio da Santa Sé, num “gesto humanitário”.
A iniciativa é divulgada no segundo dia da viagem que Francisco realiza à ilha do Mediterrâneo, onde tem repetido mensagens em defesa de quem deixa a sua terra.
Segundo o Vaticano, cerca de uma dezena de migrantes vão chegar à Itália nas próximas semanas, graças à iniciativa do Papa, numa organização da comunidade católica de Santo Egídio, com a ajuda de autoridades italianas e cipriotas.
O portal ‘Vatican News’ assinala que o objetivo é “realocar cerca de 50 pessoas, incluindo mulheres solteiras com os seus filhos”.
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, destacou que este é um “sinal da preocupação do Santo Padre pelas famílias e pelos migrantes”, com que se encontrou esta tarde, numa oração ecuménica.
Giancarlo Penza, responsável pelas relações internacionais e desenvolvimento para a comunidade de Santo Egídio, indica ao portal de notícias do Vaticano que o gesto de “acolhimento e hospitalidade” da Santa Sé surge por vontade do Papa.
“O Santo Padre quis pedir à Comunidade de Santo Egídio que organizasse materialmente o assunto, identificando alguns refugiados e depois, naturalmente, acompanhando-os à Itália nas próximas semanas”, precisou.
Antes de deixar o Chipre, o Papa cumprimentou uma migrante cujo filho nasceu no mar, durante a travessia no Mediterrâneo
Em 2016, quando visitou a ilha grega de Lesbos, Francisco levou consigo para Roma 12 pessoas – três famílias de refugiados sírios – de um centro de refugiados.
O Papa volta a Lesbos este domingo, regressando a Atenas, onde a viagem internacional continua até segunda-feira.
OC