CEP: Dias da JMJ «não significam o ponto final de uma caminhada, mas antes a continuação de um processo» – CEP

Conferência Episcopal agradece a presença e as palavras do Papa Francisco em Portugal, dos peregrinos e de quem preparou o seu acolhimento

Foto Tiago Petinga/Lusa

Lisboa 08 ago 2023 (Ecclesia) – A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) divulgou hoje uma mensagem de agradecimento pela presença do Papa Francisco em Portugal para presidir à Jornada Mundial da Juventude (JMJ), afirmando que o encontro não é um “ponto final de uma caminhada”.

“A JMJ em Lisboa e os Dias nas Dioceses que antecederam a semana dos eventos centrais não significam o ponto final de uma caminhada, mas antes a continuação de um processo que envolveu milhares e milhares de jovens”, afirma o documento da CEP enviado à Agência ECCLESIA.

A CEP manifesta gratidão “pelos jovens da Igreja em Portugal e por todo o empenho que, ao longo dos últimos quatro anos, colocaram na preparação da Jornada Mundial da Juventude”, sublinhando a “rede” que foi constituída.

“A partir do Comité Organizador Local, criou-se uma rede de comunhão entre os Comités Organizadores Paroquiais, Vicariais e Diocesanos que são uma herança fundamental para o futuro que desejamos construir”, indica a mensagem.

Os bispos de Portugal agradecem a presença do Papa Francisco e de mais de um milhão e meio de peregrinos “oriundos dos quatro cantos do mundo”, considerando que as palavras do Papa Francisco constituem um “tempo de graça que renovou os corações e encorajou, especialmente os jovens, a dar testemunho de Cristo Vivo”.

“A presença do Papa Francisco e as palavras que nos deixou reafirmam a validade e profundidade da mensagem cristã, seja para os jovens, seja para a sociedade, e alentam-nos a sonhar um mundo mais justo, humano e fraterno onde todos somos chamados a colaborar”, afirma o documento.

A CEP lembra ainda “os gestos de proximidade e ternura do Santo Padre para com todos aqueles com quem se cruzou em Lisboa e no Santuário de Fátima, particularmente crianças, pessoas em situação de fragilidade e vítimas de abuso sexual por membros da Igreja”.

A Conferência Episcopal Portuguesa agradece também “a todas as entidades civis que se mobilizaram e que, no diálogo e na convergência de objetivos comuns, contribuíram para que a Jornada Mundial da Juventude realizada em Portugal fosse um autêntico sinal de acolhimento”.

“Valorizando o nosso passado e tradição, fiéis às raízes do Evangelho de Jesus Cristo, queremos continuar a ser ativamente construtores de uma Igreja missionária e sinodal, ao encontro de todos e acolhendo a todos, como nos pediu o Papa Francisco. Levantemo-nos e partamos, apressadamente, como Nossa Senhora, e sejamos “Peregrinos da Esperança” rumo ao Jubileu de 2025”, conclui o documento.

A Jornada Mundial da Juventude, que Portugal recebeu pela primeira vez, é um encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, que reúne centenas de milhares de participantes durante cerca de uma semana, em iniciativas religiosas e culturais, sob a presidência do Papa.

Até hoje houve 15 edições internacionais da JMJ – que decorrem de forma alternada com celebrações anuais em cada diocese católica: Roma (1986), Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016), Panamá (2019) e Lisboa (2023).

A cidade de Seul, capital da Coreia do Sul, vai receber a 41ª JMJ, em 2027.

PR

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Agência ECCLESIA

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