Vaticano: Papa diz que JMJ de Lisboa foi ponto de viragem para o pós-pandemia

Francisco agradece empenho da Igreja e autoridades portuguesas, rezando para que Nossa Senhora abençoe o país

Foto: JMJ Lisboa 2023/José Ferreira

Cidade do Vaticano, 09 ago 2023 (Ecclesia) – O Papa disse hoje no Vaticano que a JMJ Lisboa 2023 representou um momento de viragem para os jovens afetados pela pandemia de Covid-19, que afetou “comportamentos sociais” e levou ao “isolamento”.

“Com esta Jornada Mundial da Juventude, Deus deu um ‘empurrão’ no sentido oposto: ela marcou um novo início da grande peregrinação dos jovens através dos continentes, em nome de Jesus Cristo”, referiu Francisco, na primeira audiência pública semanal após a pausa de verão, nas últimas semanas.

Perante milhares de pessoas reunidas no Auditório Paulo VI, entre elas vários dos peregrinos que participaram no encontro mundial de Lisboa, o Papa sublinhou que esta JMJ foi “um presente de Deus”, que reuniu “tantos jovens de tantas partes do mundo, tantos.

“E não é por acaso que isso aconteceu em Lisboa, cidade voltada para o oceano, cidade-símbolo das grandes explorações marítimas”, acrescentou.

A minha visita a Portugal, por ocasião da JMJ, beneficiou do clima festivo desta onda de jovens. Agradeço a Deus por isso, pensando especialmente na Igreja de Lisboa que, em retribuição pelo grande esforço feito para a organização e acolhimento, receberá novas energias para continuar a sua caminhada, para lançar novamente as suas redes com paixão apostólica”.

Francisco sustentou que os jovens em Portugal são hoje uma “presença vital”, considerando que “depois desta transfusão recebida das Igrejas de todo o mundo, serão ainda mais”.

Falando da JMJ como “um encontro com Cristo vivo, através da Igreja”, o Papa elogiou a “alegria” típica das novas gerações, brincando com as várias salvas de palmas que marcaram o encontro desta manhã: “Onde há jovens, há barulho”.

Francisco renovou a sua gratidão ao presidente da República Portuguesa, “que esteve presente em todas, em todas as celebrações”, e às outras autoridades civis.

Os agradecimentos estenderam-se ao cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, “que foi corajoso”, ao presidente da Conferência Episcopal, D. José Ornelas, e ao bispo coordenador da JMJ, D. Américo Aguiar, a todos os colaboradores e aos voluntários.

“Esta Jornada teve 25 mil voluntários. Obrigado a todos! Por intercessão da Virgem Maria, que o Senhor abençoe os jovens do mundo inteiro e que abençoe o povo português. Rezemos juntos a Nossa Senhora, juntos, agora, todos, para que abençoe o povo português”, concluiu, sob nova salva de palmas.

Portugal foi o 13.º país a acolher este encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, sob a presidência do Papa; Seul vai acolher a 41ª Jornada Mundial da Juventude, em 2027.

Até hoje houve 15 edições internacionais da JMJ – que decorrem de forma alternada com celebrações anuais em cada diocese católica: Roma (1986), Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016), Panamá (2019) e Lisboa (2023).

OC

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