Centro Universitário Fé e Cultura, 20 anos

O Centro Universitário Fé e Cultura (CUFC) da diocese de Aveiro celebra 20 anos de existência. Foram “duas décadas intensas”, afirma à Agência ECCLESIA o actual director, Pe. Alexandre Cruz. O CUFC tem sido a referência e a presença da Igreja. Numa progressiva abertura à comunidade local, o CUFC tem uma linha de actuação situada no âmbito eclesial. “É a presença do religioso na Universidade” – salienta o director. E acrescenta: “O religioso construído e alicerçado no humano”. O espírito do CUFC está presente em Cabo Verde, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné, Timor, Brasil, onde a língua portuguesa e a cooperação entre instituições proporciona o acolhimento em Aveiro de jovens vindos destes países da CPLP. A missão das ciências reside na “construção de um mundo novo” que atinge “a plenitude e o sentido ideal com a fé” – sublinha o Pe. Alexandre Cruz. Neste diálogo aberto, criativo e dinâmico, as “células vivas terão que ser grupos de desenvolvimentos”. São diversas as mensagens de parabéns que “nos chegam de alguns destes países, de jovens universitários que sentiram esta casa como sua” e, agora, estão nos seus países a lutar por um futuro melhor. De norte a sul, do litoral ao interior de Portugal, dos programas de mobilidade académica de universidades europeias (Erasmus), e de outros programas que “trazem até nós estudantes da Ásia ou das Américas, nem que tenha sido numa simples Ceia de Natal (a 24 de Dezembro, em co-organização com os Serviços de Acção Social da UA, com cerca de oitenta/noventa estudantes de todo o mundo), o calor humano e o aconchego proporcionado é lembrado como sinal de esperança numa humanidade nova, fazendo do Centro uma plataforma contínua de “vai e vem”, de enriquecimento entre todos”. Várias frentes O CUFC avança em várias frentes: solidariedade, voluntariado e construção de humanidade. “Gera e proporciona parcerias” – realça o director do CUFC. O Centro Universitário Fé e Cultura nasceu há 20 anos, como resposta da igreja diocesana situada no mundo da cultura, que, em Aveiro, com a Universidade, ia rasgando novos e estimulantes horizontes. Após a primeira ideia de “acolhimento” a estudantes do Ensino Superior ter passado pelo Centro de Acção Pastoral, eis que a 25 de Março de 1987 é fundado o CUFC, pelo então Bispo de Aveiro, D. Manuel de Almeida Trindade. Inicialmente o CUFC funcionou no Seminário de Aveiro, tendo sido nesta altura nomeado seu primeiro director o Pe Arménio Alves da Costa Júnior que foi o grande impulsionador do sonho que viria a concretizar-se passados três anos no novo e simbólico Edifício CUFC, inaugurado a 12 de Maio de 1990. Neste mesmo contexto de fé cristã que procura acompanhar o ritmo do tempo cultural, destaque-se a fundação do ISCRA – Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro, por D. António Baltasar Marcelino (um apaixonado da origem do CUFC!), já Bispo de Aveiro na data de 29 de Junho de 1989. Inicialmente o ISCRA fica sedeado nas instalações do CUFC. “Nenhum passo se dá sem persistência e noção do ideal a atingir; é neste mesmo contexto que a pastoral universitária na Diocese de Aveiro, desde a primeira hora, procurara persistir na abertura de caminhos progressivos de acolhimento e proposta, valorizando em ambiente de comunidade os tempos fortes no ano pastoral e ano académico” – disse o Pe. Alexandre Cruz. Sendo o CUFC uma instituição diocesana, todavia, nas suas portas inscreve-se um “chamamento universalista, ecuménico, de necessário diálogo intercultural e inter-religioso, em pluralismo inclusivo, sempre numa contínua vivência do sentido estrito da evangelização, entendida esta como encontro, partilha, “dar e receber”, procurando novas sínteses de iniciação cristã, um enriquecimento comum, onde cada hora, cada situação, cada pessoa… terão de valer o mundo!” A designada Pastoral Universitária, nos livros apresentada como “tarefa e missão de toda a Igreja”, não se compadece com colagens do ano anterior, frases feitas “copy-paste” ou com comentários de ordem teórica. Exige entrar e viver nos corredores da comunidade, aprendendo e partilhando”. Por isso, “cada hora de cada dia, como desde há 20 anos, é desafio, oportunidade, problemática, esperança. Neste contexto, cada ano é novíssimo. O “ponto-zero” é quase um lema e um intenso desafio à reinvenção” – realça.

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