Decorreu com êxito a Peregrinação a Roma, levada a efeito de 18 a 24 de Junho, por iniciativa da Direcção do CEC (Círculo de Espiritualidade e Cultura) de Lisboa, com a colaboração da Revista “Amar & Servir”. “Correu lindamente!” – no dizer da maior parte dos 35 participantes. Apesar das temperaturas elevadas, sempre entre os 30 e os 35 graus, o interesse que Roma (as diferentes Romas!) despertou em cada um de nós tornou tudo mais suportável. O encontro com o Padre Geral da Companhia de Jesus, Peter-Hans Kolvenbach, logo no primeiro dia, e as suas palavras de acolhimento, exortação e bênção, abriu o caminho a uma visita inesquecível à Cidade Eterna, sempre dialogante com a realidade histórica e com a actual. Assim, percorremos os monumentos que assinalam o nascimento de Roma e a sua relação com as civilizações grega e etrusca; a difícil penetração do cristianismo até Constantino, no séc. IV; todo o tempo glorioso do império romano e também a sua posterior decadência; a preservação e a destruição de muitos monumentos e dados históricos com a chegada dos bárbaros; mais tarde, o tempo do Renascimento, tempo de esplendor, com o aflorar de diferentes estados, ao lado do Estado Pontifício; e, por fim, a criação da nação italiana, com a sua personalidade, o seu modernismo, as suas crises políticas, as suas virtudes e os seus defeitos. Mas uma nação sempre colocada entre as maiores, por mérito próprio e com a ajuda deste turismo que a procura diariamente. Por isso, também, está a ser muito apetecida por multidões do terceiro mundo que a ela afluem, em busca da sobrevivência e na esperança de dias melhores. Mas a grande ressonância deu-se no contacto com o túmulo de Pedro e de Paulo, pedras fundamentais da Igreja fundada por Jesus, e onde rezámos em comunidade, por todos os familiares, por todos os amigos e por todos os benfeitores. Assinalem-se igualmente como “pontos altos” a participação na Audiência Geral do Papa Bento XVI e a visita de um dia a Assis, com a celebração da Eucaristia junto da “Porciúncula”, na Basílica de Santa Maria dos Anjos. São de assinalar, pelo lado afectivo, as visitas à Cúria Geral dos Jesuítas, à Universidade Gregoriana, ao Colégio Belarmino, aos “quartos” de Santo Inácio e ao seu túmulo, à casa onde viveu São Luís Gonzaga (com a celebração no seu túmulo), à Igreja de Santo António dos Portugueses e às Igrejas de Jesus e de Santo Inácio. Um “obrigado” muito especial a quem nos ajudou a transformou em realidade, o grande sonho de peregrinar até Roma, centro do cristianismo: Direcção do CEC e da revista “Amar & Servir”, Padres Manuel Morujão e Alberto Brito, Patrícia (nossa excelente guia romana) e Carla Figueira (técnica de turismo da Mundiclasse, que pacientemente nos acompanhou). Que a projectada Peregrinação à Terra Santa, em meados de Outubro, alcance êxito espiritual semelhante ou ainda maior!… Padre João Caniço, Orientador Espiritual da Peregrinação