Cavaco Silva continua roteiro para a inclusão

Presidente da CNIS destaca o trabalho efectuado pelas Instituições de Solidariedade O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, está a realizar a segunda etapa do Roteiro para a Inclusão (anunciado na sessão comemorativa do último 25 de Abril) na zona metropolitana do Porto. “Nesta área temos uma série de instituições voltadas para o apoio às crianças e a mulheres vítimas de violência” e “deu-se a conhecer a experiência na recuperação e inserção dos «arrumadores» na cidade do Porto” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. Lino Maia, Presidente da Confederação Nacional da Instituições de Solidariedade (CNIS). Em relação a estes arrumadores assistiu-se a um trabalho de inserção social destas pessoas. Foi uma iniciativa da Câmara Municipal do Porto com o apoio de Instituições de Solidariedade que “procuram colaborar no sentido destes jovens serem reintegrados numa actividade profissional”. “Esta é uma zona onde temos uma grande actividade social” – salientou. Na audiência concedida à CNIS, o Presidente da República realçou que queria “divulgar as boas experiências e as boas práticas”. Para o Pe. Lino Maia é fundamental o abandono das “práticas de lamúrias” porque existem instituições que “fazem coisas muito boas”. Se estas forem conhecidas, valorizadas e apoiadas, o “país melhorará muito” – acrescentou. Ao visitar as terras vizinhas do Douro (hoje e amanhã), Aníbal Cavaco Silva visitou também o primeiro Centro de Apoio á Vida (CAV), destinado a acompanhar e apoiar grávidas e mães com recém-nascidos em situação de exclusão social. “É uma iniciativa com bastantes potencialidades mas é pena que no Porto ainda não haja muitas experiências neste género” – lamentou o Presidente da CNIS. E avançou: a gravidez de adolescentes tem aumentado”. Na zona Norte do país é onde existem mais adolescentes grávidas que “vivem sós e onde se impõe uma resposta mais prioritária”. Como a jornada é dedicada às crianças em risco e à violência doméstica, o presidente da República visitou também a «Casa do Caminho». Um sítio “muito acarinhado” mas onde se desenvolve “um trabalho muito interessante”. Quando se fala tanto no aborto e na eutanásia, esta etapa serve para o Presidente da República visualizar instituições que apoiam a vida. “É obrigação do Presidente da República apoiar a vida e não apoiar a morte” – frisou o Pe. Lino Maia. E pediu: “as instituições públicas devem criar condições para que a vida seja claramente apoiada”. Com uma taxa de natalidade “baixíssima” deve-se, cada vez mais, “defender a vida”. O dia de hoje termina com uma celebração eucarística – presidida pelo Bispo do Porto, D. Armindo Lopes Coelho, – na Igreja de Santa Maria, em Marco de Canavezes. Na cerimónia “serão homenageadas as pessoas que são vítimas de violência”. Neste local simbólico – nascido do lápis do Arq. Siza Vieira -, Cavaco Silva estará na zona onde “proliferam mais casos de violência doméstica”. Depois da segunda etapa, Aníbal Cavaco Silva compreenderá o papel desempenhado pelas Instituições de Solidariedade Social porque “parece que as IPS são o parente pobre”. E lamenta: “às vezes nalguns ministérios são votadas aos ostracismo”. Com o Roteiro para a Inclusão, o Presidente da República chegará à conclusão que “70% do que se faz ao nível das respostas sociais neste país é implementado pelas IPSs”. Portugal estaria “muito pior sem as iniciativas destas instituições” – conclui. Amanhã, quinta-feira, o Presidente visita o Centro de Apoio Familiar Pinto Carvalho, em Oliveira de Azeméis, antes de ouvir, no Centro de Congressos de Aveiro, as experiências do responsável pela Cáritas Diocesana e das duas dirigentes de lares e casas de abrigo para mulheres maltratadas.

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