Catequistas algarvios peregrinaram às origens do Cristianismo

Na madrugada da passada Quarta-feira, dia 28 de Julho, os 21 catequistas da Diocese do Algarve e familiares, oriundos de Albufeira, Bensafrim, Estômbar, Loulé, Luz de Lagos, Matriz de Portimão, São Pedro e Sé de Faro, regressaram da Peregrinação Diocesana à Terra Santa (Israel) promovida pelo Sector da Catequese da Infância e Adolescência da Diocese do Algarve no quadro das suas iniciativas desenvolvidas no presente ano pastoral de 2009-2010.

Presidida pelo cónego José Pedro Martins, assistente do Secretariado Diocesano da Catequese, a viagem contou ainda com a participação das irmãs Alda Rego e Leonor Bernardino, do mesmo sector, e do seminarista Miguel Ângelo Falcão, num total de 25 participantes.

O cónego José Pedro Martins, que é também o vigário episcopal para Pastoral da diocese algarvia, explicou à “Folha do Domingo” que o objectivo da peregrinação foi “sensibilizar e possibilitar aos catequistas o contacto com as origens do Cristianismo, dado que o seu ministério é transmitir a fé cristã”. “Possibilitar ir às raízes na terra pisada por Jesus e onde se desenrolou a História da Salvação ainda anterior a Cristo é uma mais-valia para quem tem de transmitir aos outros essa fé”, explicou o sacerdote que classificou a iniciativa como uma “acção formativa”.

Tendo, quase todos, visitado a Terra Santa pela primeira vez, fizeram-no com uma expectativa especial. Não obstante este facto, o cónego José Pedro Martins salienta que todos participaram com a consciência e o sentido de membros integrados da comunidade eclesial.

O grupo, limitado à partida a um máximo de 30 inscritos, teve, segundo o cónego José Pedro Martins, várias vantagens. “Conseguimos mais unidade no grupo e mais possibilidade de relação e partilha que é importante numa acção destas”, afirma.

No entanto, para o sacerdote há ainda um outro aspecto importante que ficou desta peregrinação. É que todos testemunharam a dificuldade de ser cristão num contexto adverso em que a maioria é muçulmana. “Deixou-nos a pensar… Aqui vivemos muito distraídos destas realidades”, testemunhou, lembrando que os cristãos, desde as primeiras comunidades, “tiveram sempre muita dificuldade com essas outras culturas”.

Para além das visitas à basílica da Natividade, em Belém, e à igreja do Santo Sepulcro, o sacerdote destaca as Eucaristias e os momentos de oração como momentos significativos da peregrinação e, juntamente a estes, também a visita a Emaús, último local de passagem, que se prestou para uma catequese sobre o significado daquele lugar na vida dos cristãos. “Pudemos, no próprio lugar, fazer a leitura dessa passagem bíblica que é sobejamente conhecida”, relatou.

Além destas, também destacou as visitas à Domus Galilaeae, infra-estrutura do Caminho Neocatecumenal, e a Jericó.

Garantindo que actualmente é totalmente seguro visitar a Terra Santa e que se cruzaram com vários grupos de portugueses, o cónego José Pedro Martins não descarta a continuidade destas peregrinações sectoriais, até porque defende que estas realizações “ganham um alcance diferente” e porque os participantes ficaram receptivos.

Para já, terão um encontro para avaliação e confraternização em Setembro.

Samuel Mendonça

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