Catequese: Transmissão da fé é um processo «polifónico»

Responsável pelo setor em Portugal destaca necessidade de «diversidade de linguagens»

Lisboa, 06 jun 2012 (Ecclesia) – A responsável pelo setor da catequese do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), organismo da Igreja Católica, considera que a transmissão da fé é “um processo polifónico e requer uma diversidade de linguagens”.

Cristina Sá Carvalho, uma das participantes portuguesas no congresso europeu de catequese, realizado em Malta, de 30 de maio a 4 de junho, disse hoje à Agência ECCLESIA que apesar da polifonia linguística a “Palavra de Jesus Cristo está no centro”.

Numa Europa “muito diversa” do ponto de vista cultural e uma história do século XX “muito diferente” para os vários países, Cristina Sá Carvalho realça que esta diversidade também é “notória nos processos catequéticos”.

Em relação aos países do Sul (Portugal, Espanha, Itália e Malta), a responsável sublinha que “há uma presença cristã muito profunda, um grande respeito e procura de iluminação nos percursos de piedade e religiosidade popular”.

O equilíbrio na proposta catequética é fundamental, sendo necessário ter em atenção “a concreta realidade das pessoas que a habitam”.

Em Portugal “há uma grande unidade no projeto nacional de catequese”, apesar de acolher “propostas novas”.

“A catequese familiar tem sido bem acolhida e aceite”, prossegue Cristina Sá Carvalho.

A religiosidade popular “tem sido muito bem tratada” em Portugal pela hierarquia da Igreja, frisou a responsável do SNE, que exemplifica com as celebrações de Fátima “e toda a pedagogia feita no sentido de acolher as pessoas”.

Mesmo o “cristão mais intelectualizado” mantém uma ligação “mais epidérmica com a sua fé”, disse.

A delegação portuguesa ao congresso europeu de catequese foi constituída pelo diácono Acácio Lopes, Cristina Sá Carvalho, padre Paulo Malícia, padre Manuel Queiroz e Isabel Oliveira.

LFS/OC

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