Catequese: Nova evangelização pede novos modelos de transmissão de fé

D. Rino Fisichella lembra adultos que procuram a Igreja e afirma que bispos devem estar na primeira linha da evangelização

Roma, 27 set 2013 (Ecclesia) – A catequese tem de se adequar ao ritmo da nova evangelização afirmou esta quinta-feira D. Rino Fisichella.

“Deixar que a catequese continue a laborar como até agora, tendo a Igreja já adotado um caminho de nova evangelização”, é um “perigo que deve ser evitado”, sublinhou o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização (PCPNE), durante o Congresso Internacional da Catequese (CIC), que decorre em Roma.

O arcebispo pediu atenção aos “muitos adultos” que procuram a fé, entendendo que a Igreja deve procurar atender com uma catequese “sistemática e não fragmentária”, que ultrapasse a “emotividade do primeiro anúncio”.

O responsável pede um novo modelo de transmissão da fé, onde os bispos devem assumir o lugar da frente.

 “Chegou o momento de os bispos testemunharem a responsabilidade do anúncio catequético. Se o próprio Papa sente a necessidade de fazer catequese, não deveria ser essa também a nossa necessidade?”

As mudanças sociais em países da “antiga tradição cristã” não podem causar “tristeza” à Igreja, mas “alegria”, devendo ser encaradas como “oportunidade”, uma vez que a sociedade entra “na fase da idade madura. Só assim se atinge a capacidade de ser autónomo e responsável”.

Nestas sociedades, “cada vez mais fragmentadas”, o crente não “está imune” e torna-se evidente “que a fé baptismal não chega porque gera o analfabetismo religioso e a indiferença na vida comunitária”, perdendo-se por isso “o sentido de ser Igreja”.

O presidente do PCPNE criticou uma catequese “de tipo sacramental” que se refere aos “sacramentos de iniciação cristã e aí parece esgotar-se”, esquecendo “catecúmenos e catequese permanente” para “aprofundar a fé”.

Nos países da “velha Europa”, “há uma brasa que ainda existe mas que já não é uma chama viva capaz de dar apoio à existência humana”, refletiu D. Rino Fisichella, pedindo aos cristãos um “renovado” e “urgente” impulso para “encontrar métodos e conteúdos no processo de nova evangelização”.

O CIC junta em Roma 1600 catequistas, provenientes de cinco continentes, numa peregrinação por ocasião do Ano da Fé, que termina amanhã.

Portugal está representado com 32 pessoas provenientes de todas as dioceses.

Educris/LS

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