O Conselho Geral da Cáritas Portuguesa reclamou um reforço dos apoios do Estado para fazer face à crise social existente, através de medidas concretas que contrariem a exclusão de cidadãos. “O financiamento do sistema de segurança social tem de ser assegurado também por via do Orçamento do Estado e não ser suportado apenas pela contribuição dos cidadãos inseridos no sistema”, refere o documento com as conclusões deste Conselho Geral, que esteve reunido, em Fátima, nos dias 15 e 16 de Fevereiro. Os elementos reunidos criticaram o “desinvestimento na aplicação do Rendimento Social para a Inserção” e reclamaram o “estabelecimento de redes informais de solidariedade” o que não quer dizer que o Estado possa “desresponsabilizar-se das suas obrigações” nesta matéria. A Cáritas portuguesa apresenta assim um cenário de crise instalada, constatável pelo número crescente de pessoas que batem à porta da Instituição, por todo o país. O comunicado final expressa ainda a preocupação dos participantes pelo “agravamento do conflito entre o Iraque e os Estados Unidos da América”.