Cáritas pede cancelamento da dívida do Haiti

Banco Mundial está disponível para cancelamento mas ainda não assinou acordo formal

A Cáritas saudou a decisão do Fundo Monetário Internacional (FMI) de emprestar às vítimas do sismo no Haiti 102 milhões de dólares. No entanto, a saudação foi acompanhada de um lamento por a dívida do Haiti não ser cancelada.

“As imagens que chegam a todo o mundo a partir de Port-au-Prince, capital do Haiti, mostram que serão precisos muitos anos até que este país esteja preparado para responder aos empréstimos internacionais”, aponta a Cáritas. Nesse sentido, este serviço da Igreja Católica está a desenvolver campanhas com vista ao cancelamento “imediato” das dívidas.

Chris Bain, Director do CAFOD (uma associação membro da Cáritas no Reno Unido) afirmou que “promessas vagas de cancelamento de dívidas não são suficientes. O Haiti precisa de ser livre para curar as suas feridas, reconstruir a sua confiança sabendo que não está a acumular dívidas futuras”.

O director executivo do FMI, Dominique Strauss-Kahn, manifestou o seu apoio para cancelar as dívidas do Haiti, ao mesmo tempo que afirmou estar a trabalhar com “todos as entidades doadoras para cancelar as dívidas do Haiti, incluindo o nosso novo empréstimo”.

A Cáritas afirma ser este o tempo para o cancelamento e pede ao FMI e a todos os doadores que “aliviem o peso da dívida ao Haiti, ao mesmo tempo que este país luta para se reconstruir”, afirma. “A reconstrução será uma tarefa que levará décadas e biliões de dólares”.

O Banco Mundial, que emprestou 39 milhões de dólares, e o « Inter-American Development Bank», que emprestou 447 milhões, estão disponíveis para cancelar a dívida, apesar de ainda não terem concordado com um acordo formal.

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