Cáritas: «Europa não pode esquecer a Ucrânia» – Michael Landau

Cáritas Europa diz que países têm de estar preparados para a ajuda necessária e Confederação internacional pede «corredores humanitários» para ajudar as pessoas

Lisboa, 01 mar 2022 (Ecclesia) – Michael Landau, o presidente da Caritas Europa, disse hoje que o continente europeu “não pode esquecer a Ucrânia” e que os países têm de estar preparados para oferecer a ajuda necessária.

“Este é um momento em que precisamos de solidariedade europeia, de uma rede mundial de solidariedade. Precisamos ajudar a Ucrânia. E temos de estar preparados para oferecer o que for preciso nos países vizinhos. Precisamos de corredores humanitários. A Europa, e o mundo não podem esquecer o sofrimento da Ucrânia, precisam de nós e precisam agora”, afirmou o responsável, esta manhã, durante a conferência de imprensa organizada pela Confederação internacional da Cáritas, dando conta do trabalho que a Carita Ucrânia e a Caritas-Spes estão a desenvolver.

O responsável afirmou que “todo o euro conta” e pode ajudar a “salvar uma vida”.

“Façam o que puderem para salvar a pessoas que tanto precisam”, sublinhou.

Michael Landau indicou que se deve olhar para “as pessoas, mulheres e crianças que enfrentam um grande sofrimento” e afirmou a colaboração da rede Caritas Europa na ajuda.

Aloysius John, secretário-geral da Confederação Internacional da Cáritas afirmou o “pesadelo” em que a vida normal de tantos ucranianos se transformou.

“Uma vida normal transformada em violência e medo. Mulheres e crianças, pessoas mais velhas que saíram das suas casas sem qualquer preparação. Muitos não levaram nada consigo. Milhões vão deixar o país à medida que a situação irá piorar”, relatou.

O responsável afirmou que na guerra “não haverá vencedores” e sublinhou a necessidade de corredores humanitários para ajudar a salvar as pessoas.

“Neste momento, ser solidário é uma ilha de esperança. A esperança é apresentar a dignidade do outro. E vocês afirmaram a esperança ao permanecer juntos e a ajudar juntos”, afirmou, referindo-se ao trabalho da Cáritas Ucrânia e da Caritas-Spes.

Aloysius John afirmou ainda que a organização se junta ao apelo do Papa Francisco para o fim da guerra, para a paz na Ucrânia e pede uma “resolução pacifica do conflito”.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades.

A invasão russa foi condenada pela maior parte da comunidade internacional.

LS

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