Drama dos incêndios volta a atingir o país O presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, anunciou a disponibilidade da organização católica em apoiar a reconstrução das seis casas que arderam nos últimos dias na zona de Vide, concelho de Seia. Em declarações à Agência Lusa, Eugénio Fonseca explicou que já entrou em contacto com a Câmara de Seia, manifestando a «total disponibilidade» para apoiar a reconstrução das habitações destruídas pelo fogo que lavrou no concelho. «Pedimos para que, na medida do possível, seja acelerado o processo de reconstrução, que nós disponibilizaremos os meios necessários », prometeu o presidente da Cáritas, salientando que a verba sairá do remanescente da campanha da instituição após os incêndios no Verão de 2003. «Se não chegar o dinheiro que temos, o povo há-de ajudar-nos», disse Eugénio Fonseca, embora salientando que a instituição irá apoiar apenas nos casos de situações de carência económica, confirmada pela paróquia, Câmara e Segurança Social. Além da reconstrução das casas, Eugénio Fonseca admite vir a «ajudar as pessoas a retomar a sua subsistência com a aquisição de «algum gado». Dois anos depois de ter realizado uma campanha de angariação de fundos que atingiu 2,5 milhões de Euros, o presidente da Cáritas lamentou que o país volte a ser assolado por incêndios de grandes dimensões que «causam perdas irreparáveis » em áreas já pobres. «Temos de acentuar mais a acção na prevenção e deveria constituir-se uma rede mais forte no âmbito da protecção civil», defendeu o presidente da Cáritas, considerando que, nos casos de fogo posto, a «justiça tem que ser bastante célere e actuante, com mão pesada para estes casos que estão a hipotecar» o futuro dos portugueses.