Brasil: Presidente da Conferência Episcopal defende prudência e maior esclarecimento sobre criminalização da homofobia

D. Walmor Oliveira de Azevedo alerta para «risco de interpretações equivocadas nesses processos»

Brasília, 24 jun 2019 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) apelou à prudência das autoridades judiciais e a um maior esclarecimento sobre a criminalização da homofobia no país.

Em causa está o julgamento no Supremo Tribunal Federal da Ação de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO 26) e da tramitação de Projeto de Lei 672/2019, no Senado Federal.

D. Walmor Oliveira de Azevedo entende que “desconsiderar valores éticos e morais que estão acima de ideologias é um perigoso equívoco”, falando em “conflito interpretativo”.

“Há um risco de interpretações equivocadas nesses processos. A Igreja Católica, em seus princípios éticos e morais, reafirma a importância do acolhimento solidário e respeitoso de toda pessoa. Não admite qualquer tipo de discriminação. Em fidelidade à sua doutrina, tem também o dever de informar e orientar os seus fiéis sobre o matrimónio e a família na perspetiva cristã”, escreve o arcebispo de Belo Horizonte, num texto divulgado pela CNBB.

O responsável sustenta que a missão da Igreja Católica “não pode ser considerada ofensa a pessoas ou grupos”.

Nesse sentido, a CNBB, em comunicado, pede mais “clareza” nos processos em curso no âmbito judicial, “para que limites de interpretação não provoquem ataques a valores intocáveis, baseados na fé”.

OC

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