Bragança-Miranda: Morrer abandonadas é o «maior medo» de pessoas mais velhas, disse D. José Cordeiro

Bispo diocesano presidiu à solenidade da Senhora das Graças e alertou para «globalização da superficialidade»

Bragança, 22 ago 2021 (Ecclesia) – O bispo de Bragança-Miranda presidiu hoje à solenidade da Senhora das Graças e disse na homilia da Missa que muitas pessoas vivem na “globalização da superficialidade” e as mais velhas têm “medo” de morrer abandonadas.

“Algumas pessoas mais velhas confidenciaram-me que o maior medo que têm é mesmo o de morrerem abandonados no hospital, em casa ou nos lares”, afirmou D. José Cordeiro na Catedral de Bragança na celebração da padroeira principal da cidade.

O bispo de Bragnça-Miranda recordou o “maior sonho” de avós e bisavós, que “era o de ter uma longa vida”.

“Efetivamente, hoje temos vida longa! E que fazemos aos mais velhos e com eles? Mandamo-los para um lar de idosos e não mais os acompanhamos? Como cuidamos da vida longa? Estão sós? Estão isolados? Estão esquecidos? Estão abandonados?”, interrogou.

D. José Cordeiro recordou o apelo do Papa francisco para valorizar “a vocação dos mais velhos” e afirmou que as famílias, as cidades e as comunidades cristãs não podem “desprezar a sua memória”.

“A uma árvore podemos cortar os ramos e, às vezes, até convém, mas se cortamos as raízes, a árvore morre. Assim acontece com a memória e com os encontros e os desencontros com os mais velhos – os avós e os idosos”, afirmou.

D. José Cordeiro recordou os 20 anos da dedicaçõ da Catedral de Bragrança, que será comemorado no próximo dia 7 de outubro, “Senhora das Graças, Senhora da cidade, Senhora da Unidade Pastoral, Senhora das famílias, Senhora da vida nascida do coração de Deus”.

O bispo de Bragança-Miranda invocou também a Virgem Santa Maria “Mãe dos doentes, dos refugiados, dos reclusos, dos pobres, dos que mais sofrem as crises humanitárias e necessitam de uma viva dignidade humana integral”.

“Aqui e agora, pedimos que renasça a chama do amor para uma “ecologia do coração”! Ajudai-nos ó Senhora Mãe das Graças”, concluiu D. José Cordeiro.

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