Bragança-Miranda: D. Manuel de Jesus Pereira foi «um dos Bispos que melhor recebeu o Concílio Vaticano II na sua Diocese» – D. José Cordeiro

41.º bispo da diocese foi trasladado para a Catedral de Bragança

Foto: Diocese de Bragança-Miranda

Bragança-Miranda, 18 set 2021 (Ecclesia) – O bispo de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro, recordou este sábado na Trasladação de D. Manuel de Jesus Pereira, o bispo apelidado de “dedicado pastor”, o seu serviço a quatro dioceses e a aceitação do Concílio Vaticano II.

“João Paulo I, que faleceu 18 dias depois de D. Manuel, apelidou-o de “um dedicado pastor” no telegrama enviado pela Secretaria de Estado. De facto, ele serviu quatro Dioceses, sendo apenas Bispo Diocesano em Bragança-Miranda”, referiu D. José Cordeiro na sua homilia este sábado.

O prelado lembrou que D. Manuel de Jesus Pereira foi “padre conciliar” e que, como bispo de Bragança-Miranda “participou na última sessão do Concílio Vaticano II, sendo depois um dos Bispos que melhor recebeu o Concílio Vaticano II na sua Diocese num desafiante processo de renovação evangelizadora”.

D. José Cordeiro destacou a simplicidade de D. Manuel a partir de palavras do jornal diocesano: “viveu pobre e morreu pobre. Homem desprendido, viveu e morreu pobre, pois nada tinha de seu, à hora da morte”.

Na sua homilia o prelado lembrou ainda D. António José Rafael, D. Abílio Augusto Vaz das Neves e D. Manuel de Jesus Pereira, seus antecessores, como “construtores da igreja Catedral e a “justa gratidão a estes três Pastores da Diocese”.

Natural de Baldos, no concelho da Moimenta da Beira, Diocese de Lamego, D. Manuel de Jesus Pereira foi ordenado presbítero a 15 de junho de 1933 e ordenado bispo a 15 de agosto de 1948.

Exerceu o seu ministério episcopal como Bispo auxiliar do Funchal, entre 1948 e 1953, e entre 1953 e 1965 como Bispo auxiliar de Coimbra.

Interveio na 101.ª Congregação Geral do II Concílio do Vaticano, a 14 de outubro de 1964 e a 20 de fevereiro 1965 assumiu a Diocese de Bragança-Miranda onde esteve como pastor até à sua morte, ocorrida a 11 de setembro de 1978.

Foi membro da Comissão Nacional de Liturgia e ficou conhecido pela renovação conciliar que promoveu na diocese transmontana.

Em 1965 diligenciou junto do clero e leigos um estudo sobre os documentos conciliares; em 1967 avançou com o primeiro “Curso de Atualização Pastoral à Luz do Vaticano II” também para o clero e laicado, do qual resultou a criação do Conselho Presbiteral e do Conselho Pastoral.

Depois de uma série de estudos pastorais, em 24 de novembro de 1972 define a pastoral diocesana em 3 setores (pastoral do clero, pastoral da educação cristã e apostolado dos leigos), nomeia 3 vigários episcopais e procede à reestruturação dos secretariados da catequese, ensino religioso médio e pastoral diocesana.

Durante os 13 anos em que esteve à frente dos destinos da diocese incentivou à catequese, apoiou os docentes de educação moral nas escolas e teve sempre um carinho especial pela obra da Pastoral das Vocações, pelos seminários e pelos movimentos juvenis.

SN

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