«A Eucaristia faz da Igreja família e de cada família uma pequena Igreja» – D. Nuno Almeida
Bragança, 28 mar 2024 (Ecclesia) – O bispo de Bragança-Miranda disse que a família cristã, cada vez que sai de casa, para participar na Eucaristia, “toma consciência de que não se basta a si própria, não se constrói pelas suas próprias mãos e habilidades”
“Ao participar na Eucaristia, a família lança as suas raízes no amor de Cristo, alimentando-se na mesa da Palavra e do Pão! É esta nova e larga mesa que dará novo sabor e sentido pleno ao sentimento do amor, às palavras e ao alimento, compartilhado em casa e à mesa”, assinalou D. Nuno Almeida, na homilia da Missa da Ceia do Senhor.
Na catedral, em Bragança, o bispo diocesano disse que cada vez que a família cristã sai de casa, “para participar na Eucaristia, toma consciência de que não se basta a si própria, não se constrói pelas suas próprias mãos e habilidades”, e que, sozinha, não é capaz de dar resposta à “sede de amor e de sentido para a vida, que está no coração de cada um”.
“A Eucaristia faz da Igreja família e de cada família uma pequena Igreja. Não é só a Igreja, que cresce como grande família, à volta da mesa da Eucaristia. É também a família de cada um de nós, que cresce como pequena igreja (igreja doméstica), sempre que participa na Eucaristia!”
D. Nuno Almeida acrescenta que a família, ao participar na Eucaristia, dedica espaço e tempo, “oferece energias e recursos”, e aprende que a vida “não é feita unicamente de necessidades básicas a atender, mas sobretudo de relações de intimidade, de gratuidade e de amor, a construir”.
“Na Eucaristia, a família encontra o segredo da sua unidade e do seu amor! Quanto mais a família se aproxima desta poderosa fonte de amor, mais ela protegerá a sua estabilidade! Na medida em que a Eucaristia introduz a família no coração de Deus, ela faz a família! E a família, no seio da comunidade cristã, de certo modo, faz a Eucaristia!”, desenvolveu.
Neste contexto, lembrou e propôs às famílias que sejam “um Cenáculo em miniatura, como o de Maria e dos discípulos, com Jesus no meio”, onde se vive a unidade, a gratuidade, a comunhão, a oração, enquanto aos mais jovens pediu para deixarem que “a Eucaristia plasme, no dom e na alegria da comunhão”, na sua vida e a vida das famílias, que vão formar.
Na Missa da Ceia do Senhor, o bispo de Bragança-Miranda lembrou que “o Senhor vivo é o mesmo que esteve morto na cruz”, por isso, “nesta Missa de 5ª feira santa”, veem “a Ceia gerando a Cruz”, e pediu que se deixem “tocar e envolver pelos sentimentos de Jesus, que Se faz Servo e torna servidores do Seu mistério de amor”.
“Desde há dois mil anos, a Igreja vive da memória da Páscoa de Jesus, memória que não é, apenas, recordação do passado e da morte, mas um presente vivo e empenhativo, pois a Igreja guarda no seu coração o calor redentor desse dom de Jesus Cristo da sua própria vida”, acrescentou, salientando que Quinta-Feira Santa “é um dia de gratidão e de alegria”, pelo grande dom do amor até ao extremo “que o Senhor fez”.
Os jovens da Paróquia de São João Baptista, que se preparam para o Crisma, e o bispo emérito D. António Montes também participaram nesta Missa da Ceia do Senhor, na catedral em Bragança, que teve a animação litúrgica do Coro Nossa Senhora Rainha, informa o Secretariado das Comunicações Sociais da Diocese de Bragança-Miranda.
CB
Bragança-Miranda: Homilia de D. Nuno Almeida na Missa Vespertina da Ceia do Senhor
