Uma figura que «encarnou o perfil de bispo ideal», refere D. José Cordeiro
Bragança, 06 jul 2019 (Ecclesia) – O bispo de Bragança-Miranda declarou hoje a sua “profunda alegria” pelo anúncio da canonização de Frei Bartolomeu dos Mártires, numa mensagem onde já pede a intercessão do novo santo português, a favor da sua diocese e de todas as comunidades católicas.
“Bartolomeu dos Mártires, rogai por nós”, escreve D. José Cordeiro, num texto enviado à Agência ECCLESIA onde sublinha que D. Frei Bartolomeu dos Mártires (1514 -1590) “encarnou o perfil de bispo ideal” que ele próprio defendeu quando participou “no Concílio de Trento” e quando “escreveu entre tantas obras um livro intitulado Estímulo dos Pastores”.
Uma obra que, recorda o bispo de Bragança-Miranda, se tornou uma peça de “referência” para a ação pastoral da Igreja Católica, e que continha um ideal de pastor que D. Frei Bartolomeu dos Mártires cumpriu à risca na sua vida, no período em que liderou um território que compreendia as atuais dioceses de Braga, Viana do Castelo e Vila Real, além de um arciprestado de Bragança.
“É um programa que abre à coragem da esperança e sublinha no coração do bispo: a caridade, a sabedora, a retidão e a justiça”, frisa D. José Cordeiro, que destaca por exemplo as visitas pastorais que o novo santo português empreendeu junto das comunidades católicas.
Iniciativas que D. Frei Bartolomeu dos Mártires realizava em espírito de autêntica “peregrinação”, aponta o mesmo responsável, que perspetiva agora o culto ao antigo bispo como algo que irá ajudar bastante à vivência espiritual das gentes da região transmontana.
Será “como uma luz que arde do Evangelho para os pastores e todo o povo de Deus, especialmente para o primado da Palavra de Deus, a oração, e a misericórdia com os mais pobres”, considerou D. José Cordeiro.
Frei Bartolomeu dos Mártires, de seu nome Bartolomeu Fernandes, nasceu em Lisboa a 3 de maio de 1514, e é recordado como um modelo de benevolência e uma figura ímpar na dedicação à Igreja Católica.
O bispo português já havia sido declarado venerável a 23 de março de 1845, pelo Papa Gregório XVI, e beatificado a 4 de novembro de 2001, pelo Papa João Paulo II.
No texto publicado hoje pela Sala de Imprensa da Santa Sé pode ler-se que o Papa “recebeu em audiência o cardeal Angelo Becciu, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos” e que “aprovou os votos favoráveis” dos membros da congregação” ampliando assim “o culto litúrgico em homenagem ao Beato Bartolomeu dos Mártires à Igreja Universal”.
JCP