Bragança: 23 peregrinos unidos num caminho que «leva até Fátima, Nossa Senhora e ao Papa»

Luís Ventura destaca «oportunidade» de estar com Francisco na Cova da Iria

Lisboa, 10 mai 2017 (Ecclesia) – Um grupo de 23 peregrinos transmontanos – Vila Flor, Rebordelo, Vinhais e Bragança – está a caminho de Fátima num percurso feito de esforço e de sacrifício, envolvendo centenas de quilómetros até ao Santuário de Fátima.

“Com certeza que haverá quem esteja no espírito de cumprir as suas promessas, outros de entreajuda, a ajudar a fazer este caminho que nos leva até Fátima, até Nossa Senhora”, disse o padre Paulo Pimparel, em declarações hoje à Agência ECCLESIA.

Segundo o sacerdote, o grupo inclui pessoas que estão a fazer este caminho para a Cova da Iria a pé pela primeira vez, mas outros, talvez a maioria, já conhece o percurso que liga a Diocese de Bragança-Miranda ao Santuário de Fátima.

“A maioria do grupo vem quase todos os anos, faz parte do seu programa de vida nesta altura tirarem uns dias para fazerem este caminho”, explicou, sobre o grupo de 23 peregrinos transmontanos provenientes de Vila Flor, Rebordelo, Vinhais e Bragança.

De acordo com o padre Paulo Pimparel, entre os peregrinos já houve uma desistência, já que eram 24 elementos, mas os restantes continuam a levar as suas intenções e a rezar por ela.

“Está dentro do nosso espírito", frisa o sacerdote.

O padre, que partiu da localidade de Vinhais, não é o responsável pelo grupo mas um entre todos e conta que vão “dividindo as dores, as alegrias, as tristezas” mas também os momentos de oração, de descontração.

Os dias da peregrinação começam “sempre muito cedo” com oração, normalmente mariana, para encomendarem-se “a Deus, a Nossa Senhora” para que os “proteja durante a jornada”.

Todos os participantes caminham sempre próximos, para que se possam ajudar, pois “há sempre um dia mais difícil, em que as pernas não querem andar”, admite o padre Paulo Pimparel.

“Vou também estando sempre solícito e próximo das pessoas, que é o mais importante”, refere aquele responsável, antes de contar que cada dia de peregrinação começa com a oração.

O peregrino Luís Ventura está pela nona vez a caminho do Santuário de Fátima e diz que desta forma tem oportunidade de refletir sobre “aquilo que é a vida”.

“O que faço bem, o que faço mal, eventualmente procurar corrigir o que menos bem fazemos, ter oportunidade de ajudar e ser ajudado”, acrescenta.

O peregrino de Rebordelo, Vinhais, explica que a ajuda não “tem de ser forçosamente física” mas também espiritual, mental porque “todas as experiências enriquecem no dia-a-dia”.

Para Luís Ventura, é tão importante fazer caminho ou chegar ao Santuário de Fátima porque não são duas realidades separadas.

“Nós só chegamos ao fim porque começamos em algum lugar, mas esse caminho não é sem fim. Chegamos a Fátima e no dia seguinte continuamos a viver, a ser pessoas, e a ter as necessidades que tínhamos antes”, desenvolve sobre a continua procura em melhorar.

O Papa Francisco vai presidir à peregrinação aniversária internacional de 12 e 13 de maio que celebra o centenário das aparições de Nossa Senhora aos pastorinhos em Fátima e canonizar os irmãos Francisco e Jacinta Marto.

Luís Ventura destaca a “personalidade impar” do pontífice argentino e a “oportunidade de beneficiar da presença” de Francisco, que não acontece “todas as vezes que vai a Fátima”.

“Não é sempre que temos a sorte de ter um Papa como temos agora”, conclui o peregrino da Diocese de Bragança-Miranda, que está a caminho de Fátima com mais 22 colegas de jornada.

LS/CB/JCP

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