Braga: Universidade Católica aborda lugar dos afectos na sociedade ocidental

Tema vai preencher a XIX Semana de Estudos Teológicos, que aquela instituição promove entre 15 e 17 de Fevereiro

Braga, 11 Fev (Ecclesia) – O núcleo de Braga da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (UCP) vai promover três dias de reflexão para avaliar o lugar que a “afectividade” ocupa actualmente na sociedade ocidental.

Para o director-adjunto do núcleo, João Duque, existe um défice na “inteligência dos afectos”, problema que afecta o relacionamento humano em todos os sectores.

“Pode mesmo falar-se em ‘iliteracia afectiva’, intrinsecamente ligada à ‘iliteracia emocional’, fonte de mal-viver pessoal, mal-viver nas famílias, comunidades, entre as etnias e religiões, entre as nações e no mundo” acrescenta ainda o teólogo português, num texto enviado à agência ECCLESIA.

A Faculdade de Teologia de Braga acolhe, de 15 a 17 de Fevereiro, um conjunto de especialistas de diferentes áreas das ciências humanas, apostando numa revisão da «gramática dos afectos».

João Duque alerta que, apesar da queda de grande parte das ditaduras políticas que dominavam a região, se acentuou uma “ditadura da razão intelectual”, através dos “sistemas formais e informais de educação”.

O docente invoca que, com o fascínio provocado pelo “aumento geral do Quociente de Inteligência nos países desenvolvidos”, ficou para trás “a inteligência afectiva e emocional”.

“Como se o grau de excelência humana fosse determinado pela maior ou menor acuidade do espírito de geometria!”, ironiza.

Defendendo que a afectividade humana é “razão de um profundo sobressalto antropológico, que se estende ao cosmos e até Deus”, o director-adjunto do núcleo de Braga da Faculdade de Teologia considera “essencial” mobilizar a sociedade para esta questão.

Dela “dependerá não só a nossa sobrevivência física mas também, e sobretudo, a nossa sobrevivência espiritual e moral”, conclui.

JCP

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