Braga: Juventude trocou Jesus pelos produtos da técnica

O arcebispo de Braga sublinhou que as pessoas ao afastarem-se da mensagem de Jesus navegam “numa barafunda de palavras nem sempre dotadas de conteúdos”.

Braga, 14 abr 2014 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga disse, na homilia deste domingo, que o mundo em geral, e a juventude em particular, deixou de seguir Jesus Cristo, e “apega-se a produtos da técnica”.

Na homilia de domingo de Ramos, D. Jorge Ortiga, referiu, na Sé de Braga, que as pessoas ao agirem desta forma afastam-se “duma mensagem com sentido, para navegar numa barafunda de palavras nem sempre dotadas de conteúdos”.

Com o título «Eu não quero pagar», o arcebispo de Braga salientou que na celebração do Dia Mundial da Juventude “não poderia deixar de iniciar” a homilia por recuperar a letra de uma recente música que “expressa na perfeição o sentimento juvenil perante a atual situação socio-económica do nosso país: Eu não quero pagar por aquilo que eu não fiz, não me fazem ver que a luta é pelo meu país. Eu não quero pagar depois de tudo o que dei, não me fazem ver que fui eu que errei!”

Os jovens têm direito “a sentirem-se vítimas deste fenómeno que já roubou tantos sonhos, tantos sorrisos e tanta liberdade”, mas quando se olha para a Cruz Peregrina, que sintetiza a Paixão de Cristo, “ela tem de exercer em vós, jovens católicos, o processo inverso: incutir-vos o dever de continuar a lutar por um país diferente e levar a esperança a tantos jovens agnósticos que deixaram de acreditar nas suas próprias capacidades”, apelou D. Jorge Ortiga.

Ao olhar para a realidade juvenil, D. Jorge Ortiga vê-a “na generalidade, sem futuro nem esperança”, perante “um relativismo de valores que lhe é imposto e numa realidade angustiante de falta de trabalho”, frisou na homilia de domingo de Ramos.

A juventude perdeu o “encanto de sonhar e a alegria de lutar por um futuro melhor” e para ela “a luz no fundo do túnel está longe e não vale a pena acreditar no valor do sonho que se torna mera utopia”.

A Semana Santa deve ser para a Igreja uma “oportunidade para mostrar um rosto vivo de Alguém que continua a dar alegria às vidas”, sublinhou o prelado bracarense na homilia de Domingo de Ramos

LFS

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