Arcebispo quer reforçar ajuda para quem sofre consequências económicas da pandemia
Braga, 08 abr 2020 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga solicitou aos sacerdotes da diocese que contribuam para com o equivalente a um ordenado para o Fundo Social Diocesano, visando ajudar quem sofre as consequências económicas da pandemia.
Numa carta enviada aos membros do clero, e divulgada pela arquidiocese minhota, D. Jorge Ortiga destaca a necessidade de dar “consistência” ao fundo solidário.
Entre as prioridades apontadas pelo arcebispo primaz estão o auxílio às “pessoas com fome, desempregados” e os “empregados e trabalhadores dos centros sociais que virão a ter dificuldades por causa da nova situação económica”.
Para que esta Páscoa seja uma Páscoa de páscoas, pedi-vos sinais e gestos.
Depois de vos consultar, decidi pedir-vos o correspondente a um ordenado para darmos consistência ao Fundo Partilhar com Esperança. Já demos um testemunho por ocasião da crise económica de há dez anos. Espero que todos correspondam, partilhando tudo de uma vez ou em várias ocasiões. Depois do período de emergência daremos orientações concretas sobre o modo de agir. Agora fica a intenção e o compromisso. (D. Jorge Ortiga) |
Segundo o responsável católico, a Igreja não se pode ficar pelo “mero exigir às pessoas” e será necessário “encontrar soluções que, de um modo novo e totalmente diferente, garantam a sustentabilidade de todas as instâncias da arquidiocese”.
O ‘Fundo Partilhar com Esperança’ foi criado em 2010, por ocasião da crise económica, e tem como objetivos “contribuir para a solução dos problemas sociais da arquidiocese e cooperar no aprofundamento e atualização da ação social da Igreja”, explica a Arquidiocese de Braga.
D. Jorge Ortiga convidou os sacerdotes a refletir sobre “a Igreja do futuro”, que deve encarar “sinodalmente” os “novos desafios”.
“Estejamos, mais do que nunca, atentos, agora e no futuro, a quem vive na tribulação, no luto e na ansiedade por causa da grave crise que estamos a enfrentar”, apelou.
OC
Páscoa 2020: Arcebispo de Braga pede multiplicação de gestos de «atenção» (c/vídeo)