Braga: D. Jorge Ortiga alerta para impacto da pandemia na vida da Igreja

Arcebispo sublinha que «nada ficará na mesma»

Foto: Arquidiocese de Braga

Braga, 25 nov 2020 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga alertou hoje para o impacto da pandemia nas comunidades católicas, afirmando que esta “veio agravar a realidade eclesial e, concretamente, a vida dos sacerdotes”.

“Começamos por falar de uma crise sanitária que alterou e altera hábitos e preocupações. Chegamos ao reconhecimento de que se tornou económica com a degradação de estruturas laborais a desencadear desempregos e outras aflições”, indicou D. Jorge Ortiga, num discurso dirigido ao Conselho Presbiteral, organismo representativo do clero diocesano.

“Sabemos que o passado não voltará. Nada ficará na mesma, também na Igreja”, acrescentou.

O arcebispo primaz falou dos “terríveis problemas de desigualdades sociais” e das dificuldades que se colocam à ação da Igreja, “por restrições sanitárias, medos ou opções”.

“Os Centros Pastorais perderam as movimentações que manifestavam vida e alegria. Os movimentos têm dificuldades em agendar as suas atividades e mostrar num ritmo habitual as suas iniciativas”, observou.

Os Centros Sociais acumulam problemas e apreensões não só de ordem económica, mas sobretudo de dificuldades sanitárias. Poderia continuar o elenco de tanta coisa que veio alterar hábitos e rotinas. A vida pastoral é diferente e não sabemos como a revitalizar”.

D. Jorge Ortiga afirmou que é “fácil sentir-se perdido” e ceder a “atitudes desanimadoras da resignação e da nostalgia do passado”.

“Teremos de, positivamente, imaginar um novo projeto e delinear sonhos de harmonia com o que poderemos descortinar como oportunidade e graça. Somos capazes de coexistir alegremente empenhando-nos numa nova imagem de Igreja a concretizar a partir das comunidades paroquiais”, apelou aos representantes do clero de Braga.

O responsável católico defendeu uma reflexão sobre a “identidade, pessoal e comunitária”, sustentando que a pandemia é “uma adversidade que deve tornar-se esperança de um novo começo”.

“Que Santa Maria de Braga nos ajude a transformar estes momentos em graça”, concluiu.

OC

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Agência ECCLESIA

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