Responsável publica mensagem para o Dia da Arquidiocese, num ano «diferente», por causa da pandemia
Braga, 03 out 2020 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga divulgou a sua mensagem para o Dia da Arquidiocese, que se celebra esta segunda-feira, sublinhando as consequências sanitárias e económicas da pandemia, que exigem “responsabilidade” das comunidades católicas.
“O cristão não pode aceitar a marginalidade ou a exclusão social. Apercebe-se do sofrimento alheio, material e espiritual, e deixa-se tocar compassivamente para pegar nele, e sobretudo encontrar soluções de um modo interpessoal ou através das instituições a que a comunidade dá vida”, refere D. Jorge Ortiga, numa intervenção publicada na página da arquidiocese minhota.
O responsável católico defende uma atitude de “solicitude e atenção” perante quem sofre, para rejeitar a “indiferença ou o alheamento”.
“A pandemia exige mais solidariedade e solicitude. É um investimento que pede a convergência de todos os esforços acima de qualquer interesse ou vontade pessoais”, insiste.
O arcebispo primaz assinala que este Dia da Arquidiocese, em 2020, vai decorrer nas paróquias, devido às limitações impostas pela pandemia da Covid-19.
“Tudo indica que teremos um ano diferente. Fugiremos aos esquemas habituais e teremos de reinventar a pastoral. Não cruzamos os braços”, aponta D. Jorge Ortiga.
A situação exige “comportamentos responsáveis no relacionamento social”, dentro da Igreja e nas atividades pastorais, para que “a partir das comunidades se cumpram as orientações que poderão evitar o contágio”.
A pandemia afetou-nos como Igreja e sociedade. Ela não passou e as previsões vão no sentido de nos acompanhar ainda durante um período não quantificável. Será um ano exigente”.
O arcebispo de Braga propõe uma “aposta séria” na catequese, com sessões presenciais ou de outro modo, envolvendo as famílias, como “igrejas domésticas”.
A mensagem defende também uma maior integração na “caminhada de preparação para as Jornadas Mundiais da Juventude”, cuja próxima edição internacional vai decorrer em Lisboa, no verão de 2023.
A Arquidiocese de Braga inicia um triénio dedicado à caridade, sendo desafiada por D. Jorge Ortiga a “ver caminhos novos de solidariedade e compromisso cristão”.
“Neste ano, por onde deverá andar a nossa fé? Pelos caminhos da sinodalidade, sendo samaritanos, para transbordar amor para que o mundo acredite. O samaritano encheu-se de compaixão e agiu. É esse o nosso caminho. Juntos vamos ser responsáveis pelos outros”, conclui o arcebispo primaz.
OC