Açores: Bispo de Angra aponta ao pós-pandemia, para responder a «novos mapas e paradigmas»

D. João Lavrador inaugurou primeira assembleia a reunir, em simultâneo, os Conselhos Presbiteral e Pastoral Diocesano

Foto: Igreja Açores

Ponta Delgada, Açores, 03 out 2020 (Ecclesia) – O bispo da Diocese de Angra presidiu esta sexta-feira à abertura da assembleia a reunir, em simultâneo, os Conselhos Presbiteral e Pastoral Diocesano, nos Açores, apontando aos desafios do pós-pandemia.

“Porque estamos perante realidades novas seja a nível cultural, seja a nível social, seja a nível eclesial, é obrigação da Igreja diocesana, de acordo com o incentivo dado pelo Papa Francisco, congregar todos os batizados e propor-lhes uma caminhada em conjunto a que chamamos caminhada sinodal”, referiu D. João Lavrador, numa intervenção divulgada pelo portal diocesano, ‘Igreja Açores’.

A assembleia que reúne os membros do Conselho Presbiteral e do Conselho Pastoral Diocesano, num total de 75 conselheiros, decorre até segunda-feira, no Centro Pastoral Pio XII, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel.

O bispo de Angra sustentou, na abertura dos trabalhos, que só uma Igreja “de rosto sinodal” pode responder a “uma nova cultura e civilização”.

“Agora sentimos a rutura social, a desarticulação das nossas comunidades, o desemprego, a fome e a exclusão. Porém, esta realidade dramática proporcionará um novo rosto da sociedade que só será mais humanizador se tiver o fermento do Evangelho”, realçou o responsável católico.

“A nova cultura e a nova civilização estão a reclamar a proposta do Evangelho, que exige um rosto sinodal das nossas comunidades cristãs”, acrescentou.

D.João Lavrador falou na necessidade de uma “mudança pastoral” que não seja sinónimo “de uma pastoral relativista” e que responda “a novos mapas e paradigmas” para um novo tempo “que já não é de cristandade”

“Depois de feita a análise da realidade a que chamamos sinais dos tempos, teremos de fazer emergir os desafios que nos levam a propor os traços fundamentais do rosto da nossa Igreja para que seja evangelizadora, missionária, em permanente diálogo com o mundo, comunitária e participativa em todos os seus membros, integradora, pobre entre os pobres, que escuta o grito dos que sofrem, promotora da verdadeira e integral ecologia”, apontou.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o bispo de Angra explicou que o objetivo do trabalho em curso corresponde à ativar uma “caminhada sinodal” que conduza à “renovação da Igreja” e resulte na consciencialização de “todos os batizados” de que são “membros ativos” nas comunidades onde se inserem.

OC

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