Braga: Comunidades católicas devem ter papel «determinante» na erradicação da pobreza, diz arcebispo

D. Jorge Ortiga publica mensagem para o Dia Mundial dos Pobres e evoca figura de São Martinho

Braga, 12 nov 2020 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, defendeu que as comunidades católicas devem ter um papel “determinante na erradicação da pobreza”, numa mensagem para o IV Dia Mundial dos Pobres, que se assinala este domingo.

“São imensos os estudos sociológicos sobre a pobreza e existem muitas estatísticas encaradas em diferentes perspetivas, mas a comunicação social fala, frequentemente, da pobreza de proximidade e daquela além-mar”, refere o documento, enviado à Agência ECCLESIA.

O arcebispo primaz evoca a figura de São Martinho, bispo de Tours (França), cuja memória se celebrou no último dia 11, como exemplo de ajuda ao próximo, convidando a reaprender “os caminhos de uma caridade operosa e dinâmica”.

O Papa Francisco instituiu, em 2017, o Dia Mundial dos Pobres, que este ano tem como lema “Estende a tua mão ao pobre” (Sir 7, 32).

D. Jorge Ortiga destaca que a pobreza tem “rosto e com necessidades concretas”.

“Ninguém ignora que a pobreza existe e que tem muitos rostos: alguns são evidentes e outros têm formas envergonhadas ou escondida por detrás de situações que poderão ser desprestigiantes”, precisa.

O responsável católico sustenta que a proposta de estender a mão ao , deixada pelo Papa, deve “significar um compromisso efetivo” porque “há quem passe fome, quem viva em condições indignas, quem não usufrua de um trabalho digno e familiar, quem não consiga satisfazer as necessidade essenciais”.

“Está patente aos olhos de todos e os seus gritos, muitas vezes silenciosos, devem ser escutados”, salienta D. Jorge Ortiga.

O arcebispo de Braga entende que o número de pobres pode diminuir se cada cristão mostrar “sensibilidade e compaixão através de gestos concretos de solidariedade”,

“A globalização da indiferença deve ser substituída pelo encontro com os carentes através de respostas rápidas e concretas”, escreve D. Jorge Ortiga.

LFS/OC

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