Braga: Arquidiocese quer estar próxima da universidade

«Uma das grandes preocupações» do arcebispo bracarense «tem sido trabalhar aqueles que vão ser o amanhã», sublinha diretor da Pastoral Universitária

Braga, 28 fev 2012 (Ecclesia) – O Centro Pastoral Universitário (CPU), inaugurado em novembro de 2011 junto à Universidade do Minho, revela a preocupação da Arquidiocese de Braga em estar próxima do meio académico, considera o seu diretor, padre Eduardo Duque.

A instituição pretende “mostrar que a comunidade académica não está desprovida de Deus mas que existe um departamento da diocese que se preocupa em preparar a mensagem de Cristo para os estudantes”, referiu o sacerdote, segundo notícia publicada hoje no Semanário Agência ECCLESIA.

“Uma das grandes preocupações do arcebispo primaz de Braga tem sido trabalhar aqueles que vão ser o amanhã”, salientou o professor universitário, acrescentando que D. Jorge Ortiga quis que “a Igreja saísse dos templos e fosse para o centro da cidade”.

A iniciativa ‘Conversas com Deus na praça’, agendada para 23 a 25 de maio em Braga, pretende responder a essa intenção.

O padre Eduardo Duque, responsável pela Pastoral Universitária da arquidiocese, destaca que a ação da Igreja nas universidades públicas “trabalha muito os não crentes” e “as pessoas que foram batizadas e frequentaram a catequese mas que traçaram o seu próprio itinerário de fé”, separado do da Igreja.

Na Universidade Católica Portuguesa, onde é capelão, “há uma relação mais próxima com as pessoas porque um número significativo está dentro dos meandros da Igreja”.

Entre as atividades do Centro Pastoral Universitário incluem-se encontros de preparação para o sacramento da Confirmação (Crisma) e para a via-sacra dirigida à comunidade académica, bem como retiros e momentos de oração.

O CPU também acolhe grupos informais para planear caminhadas na natureza: “Respeitamos muitíssimo o espaço das pessoas. O nosso objetivo não é anunciar de imediato a palavra de Deus; acima de tudo tratamos das relações humanas”, observa.

“Não é uma dinâmica muito acentuada mas é um caminho que se vai fazendo”, vinca o capelão, acrescentando que a Igreja deve preocupar-se mais com “a qualidade, o encontro e a relação pessoal”, e não com a quantidade de pessoas envolvidas nas suas atividades.

O padre Eduardo Duque deixa uma mensagem aos jovens que participam na Capital Europeia da Juventude, que decorre em Braga este ano: “Que vejam a cidade com olhos de quem aprecia as obras do homem mas também as obras de Deus”.

“Ao olhar para o passado encontramos um Deus vivo que ajudou os homens a construir grandes monumentos, e ele hoje continua presente na história, de modo especial agora”, assinala.

O dossier da edição de hoje do Semanário Agência ECCLESIA é dedicado à Arquidiocese de Braga.

RJM

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