Braga: Arquidiocese lança desafio de «semear esperança», no novo ano pastoral

«Renovação eclesial continua a ser a meta de todo o agir pastoral», refere programa para 2019-2020

Braga, 12 set 2019 (Ecclesia) – A Arquidiocese de Braga convida os seus fiéis a ser “comunidade em missão, com alegria, transbordando de esperança”, desafio deixado no programa pastoral 2019-2020, que culmina um triénio centrado na virtude da “esperança”.

“Num movimento centrífugo, partimos do nosso encontro pessoal com Jesus Cristo, para tecer comunidades acolhedoras e motivadas à missão. Só é possível sair em missão assim: Através da contínua transformação de cada cristão, que se compromete com a missão da Igreja”, lê-se no documento, divulgado através da página da diocese na internet.

‘Levantar-se e semear esperança’ é o tema para o ano 2019-2020, nove meses, de outubro a junho, “o tempo de um ano pastoral, o mesmo tempo necessária para a gestação de uma vida humana”.

“O bom sucesso continua com o nascimento, os primeiros passos, a infância… até à maturidade”, contextualiza e adianta que, neste sentido, decidiram “continuar a responder ao desafio do Papa Francisco de “uma renovação eclesial inadiável”, na Exortação Apostólica ‘Evangelii Gaudium’ (Alegria do Evangelho).

O novo plano pastoral refere que “um dos obstáculos ao crescimento e amadurecimento” da vida espiritual pessoal e comunitária é a “tentação em implementar demasiadas alterações programáticas”, exemplificando com a árvore que “precisa de tempo para criar raízes”.

A arquidiocese minhota recorda que a “visão” que sonharam e a meta que deseja “alcançar” é “gerar discípulos missionários e comunidades semeadoras de esperança que […] assumam a inadiável renovação da Arquidiocese, com as suas Paróquias e Comunidades”, citando o programa pastoral 2018/2019.

“Levantar-se” e “multiplicar” vão ser as duas palavras que podem acompanhar a diocese e com o que poderão sugerir à criatividade vão “concretizando a renovação eclesial que continua a ser a meta de todo o agir pastoral”.

Com a palavra “levantar-se”, nas pegadas da Jornada Mundial da Juventude, pretende-se “olhar, de um modo preferencial mas não exclusivo, para os jovens” e desafiá-los a “sair do comodismo, a acolher o compromisso com Cristo e a missão de testemunhar Cristo vivo”.

A Arquidiocese de Braga apresenta “duas figuras inspiradoras”, São Frei Bartolomeu dos Mártires, “patrono da renovação eclesial inadiável”, e como “um modelo, uma referência, particularmente para os jovens”, Frei Bernardo de Vasconcelos que nasceu a 7 de julho de 1902, em S. Romão do Corgo, Celorico de Basto, e faleceu antes dos 30 anos, a 4 de julho de 1932, na Foz do Douro, Porto; desde 2016 está “inscrito entre os ‘veneráveis’ da Igreja Católica”.

Com a segunda palavra, “multiplicar”, quer-se fazer com que “a árvore com frutos não seja uma só” mas que se “manifeste nas comunidades através de grupos que serão, necessariamente, fator multiplicador da esperança”.

“Pretendemos e colocamos nas mãos de Deus o desejo cristão de uma primavera de esperança na Arquidiocese. Conscientes de que a esperança nasce da escuta orante, pessoal e comunitária, e se fortalece na vivência da Palavra de Deus: é essencial criar ou consolidar grupos de índole paroquial”, lê-se no programa pastoral publicado online.

CB/OC

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