Braga: Arquidiocese assinalou 30.º aniversário da morte do cónego e compositor Manuel Faria

D. Jorge Ortiga espera que a sua obra leve sacerdotes e leigos a deixarem-se «enamorar» pela música litúrgica

Braga, 08 jul 2013 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga assinalou este sábado o 30.º aniversário da morte do cónego e compositor Manuel Faria, considerado um homem à frente do seu tempo e grande dinamizador do canto litúrgico na região.

Segundo D. Jorge Ortiga, numa mensagem publicada através da internet, “a obra do cónego Manuel Faria (1916-1983) continua como um autêntico luzeiro para que sacerdotes e leigos desenvolvam os talentos recebidos de Deus, colocando-os com paixão e sensibilidade ao serviço da comunidade cristã”.

Com uma educação musical iniciada no seminário e consolidada através de estudos no Instituto de Alta Cultura e no Instituto Pontifício de Musica Sacra, em Roma, o cónego Manuel Faria foi responsável, entre outras iniciativas, pela criação da Semana da Música Sacra em Braga e da Nova Revista de Música Sacra.

Enquanto professor de música, ajudou também a impulsionar diversos coros litúrgicos e ensaiou canto gregoriano na Sé de Braga.

“Neste Ano da Fé” que está a ser promovido pela Igreja Católica, “o património musical do cónego Manuel Faria torna-se num veículo válido para que o mistério de Deus seja amado, compreendido e anunciado”, realçou D. Jorge Ortiga.

Em união “à memória” do sacerdote, o arcebispo desafiou todas as comunidades “e particularmente os sacerdotes”, a deixarem-se “enamorar” pela música litúrgica e a privilegiarem a “qualidade, sobriedade e simplicidade no canto”.

“A Igreja não nos exige coros profissionais com orquestras requintadas, que muitas vezes levam-nos a cair num ateísmo musical, porque em vez de comtemplarmos Deus, estamos a comtemplar a técnica artista dos músicos e cantores”, sublinhou.

Para favorecer a formação musical das comunidades católicas, D. Jorge Ortiga propôs a criação dos prémios cónego Manuel Faria e padre Joaquim Santos.

“Os moldes destes prémios ainda serão definidos”, mas o arcebispo bracarense pretende que um deles seja “entregue ao melhor aluno de música na Escola de Ministérios”, que vai abrir no próximo ano, “e o outro entregue ao melhor grupo coral, num hipotético Encontro Arquidiocesano de Grupos Corais a instituir-se bianualmente”.

JCP

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top