Braga: Arcebispo recorda importância da formação na ação dos futuros padres

D. Jorge Ortiga presidiu à abertura solene dos seminários

Braga, 18 nov 2013 (Ecclesia) – D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, no dia de abertura Solene nos seminários conciliares da arquidiocese recordou o seu tempo e exemplo de seminarista e exortou-os a serem imagem e Cristo, este domingo.

“A idade vai provocando uma atitude de retrospetiva, como simples recordação ou lição a acolher. Espero que não seja mero sinal de envelhecimento mas riqueza para o meu quotidiano de novos desafios”, começou por assinalar D. Jorge Ortiga, recordando dos seus doze anos de seminarista histórias do dia da abertura solene dos seminários na Arquidiocese de Braga.

No Seminário Conciliar de S. Pedro e S. Paulo o prelado explicou como se desenvolviam, sustentavam e cresciam os seminários materialmente e os seminaristas espiritualmente, recordando os testemunhos dos sacerdotes, os “rankings” internos com as ofertas das paróquias, dos fiéis e as “madrinhas” que nas comunidades tinham o “dever de rezar e acompanhar espiritualmente os seminaristas”.

O arcebispo de Braga apresentou ainda alguns exemplos de bispos e sacerdotes bracarenses que se destacaram “em variadíssimas áreas do saber” onde desenvolveram as suas capacidades e talentos para assinalar que “hoje” a Igreja e o mundo também precisam de padres diferentes “mas com paixão sacerdotal idêntica”.

“Tempos passados? A sua vida de fé está patente nas obras. O Seminário foi a causa: causa duma presença impressionante na Igreja, a nível nacional e local e na sociedade com iniciativas pioneiras, e reconhecimento de que foram os seminários a dar-lhe esta paixão, e eles não desperdiçaram as graças recebidas”, desenvolveu.

Na homilia da eucaristia da abertura solene dos seminários, D. Jorge Ortiga assinalou que o Seminário é a “oferta da arquidiocese para que, quem o compõe, possa realizar esta aventura de deixar que ‘Cristo cresça’” e o “eu diminua”.

O prelado recordou a oração realizada no âmbito da Semana dos Seminários, que terminou este domingo, e revelou que “permitir que Cristo se forme para ser “Seu” sinal no mundo passa por um sonho e projeto que quotidianamente deve mostrar trabalho humano e espiritual”: “Não nos podemos contentar com caricaturas ou visões pessoais que cada um interpreta seguindo uma vida medíocre ou repleta de frivolidades. A meta de Cristo é alta”.

No Seminário Conciliar de Braga, D. Jorge Ortiga explicou aos sacerdotes que num mundo moderno que “acredita no emotivo”, eles devem mostrar “os sentimentos dum Cristo que sofre com quem sofre e se alegra com quem se alegra” e perguntou: “Os marginais e os das periferias estão aí à nossa espera, e convida-los para o “almoço” da nossa vida não é ser imagem de Cristo?”

“Se todos os sentimentos de Cristo devem ser descobertos e treinados, tudo se sintetiza no caminho do serviço. Não se trata dum mero voluntariado exercido ocasionalmente”, acrescentou o arcebispo de Braga.

CB/OC

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