Bodas de Ouro do Colégio Universitário Pio XII

Na década de quarenta, os Missionários Claretianos pensaram criar um Colégio. Em 1955 deu-se a bênção da primeira pedra e nasceu o Colégio Universitário Pio XII, em Lisboa, que está a celebrar as suas bodas de ouro. No passado dia 21 deste mês foi dia de festa naquela instituição dos seguidores de Santo António Maria Claret. “No início do ano fazemos habitualmente a festa das famílias mas, o dia 21, não tem um significado maior embora seja próximo da festa do fundador (24 de Agosto)” – referiu à Agência ECCLESIA o Pe. Jerónimo Trigo, Superior do Colégio Universitário Pio XII. Na Europa, os colégios universitários são tão antigos como as universidades. Floresceram à volta destas com uma missão bem específica: apoio logístico e formação integral do estudante, criando um ambiente comunitário saudável. Presente na festa, D. José Policarpo sublinhou que a palavra colégio “significa reunião, congregação e unir” enquanto “residência é mais um lugar onde se está”. “Uma residência não tem biblioteca, campo de jogos, parque de estacionamento” – referiu o Superior do Colégio. Extintos em 1834, coube aos Claretianos portugueses a honra de, após um interregno de 141 anos, restaurar no nosso país a tradição dos históricos Colégios Universitários de Lisboa e Coimbra. Através do dinamismo e espírito empreendedor do Pe. Joaquim António de Aguiar, a ideia fez-se obra, quando apareceu na Cidade Universitária de Lisboa o Colégio Universitário Pio XII, uma instituição bem na linha do espírito de Santo António Maria Claret, que “se preocupou com os problemas da educação da juventude e a evangelização da cultura” – acrescentou. Em Maio de 1957 é inaugurada a primeira fase do complexo, com capacidade para 47 estudantes, todos com quarto individual com banho completo, uma novidade no meio universitário português, servido até então por meras residências, que não passavam de pensões sem o mínimo de condições para a formação integral do universitário. Só em 1965 o plano fica completo, alargando a área para 150 residentes e com todas as estruturas essenciais: igreja, biblioteca, auditório, salas de estudo, bar, salas de TV, ginásio, parque desportivo. A funcionar em pleno, o número dos residentes tem flutuado entre os 130 e 180, situando-se, actualmente, nos 180. Como critérios de admissão, o Pe. Jerónimo Trigo disse que os alunos “têm de se identificar com o ideário do colégio”. São estes os destinatários de um projecto educativo que honra a Igreja e a Congregação, no meio universitário português e não só. O projecto educativo do Colégio parte de uma perspectiva da formação integral do estudante, contemplando a sua dupla dimensão, humana e cristã, e o crescimento harmónico de todos os elementos integrantes da educação. Com este objectivo organizam-se palestras, debates, retiros, encontros internacionais, tendo como filosofia de fundo o diálogo fé-cultura, juntamente com a vivência e aprofundamento da fé. Ao explicar o porquê de se chamar Pio XII, o superior do colégio realça que Pio XII foi Papa até 1958 e a casa começou em 1955. “Em Maio de 1950 foi canonizado Santo António Maria Claret por Pio XII” – acrescenta. Com 50 anos de vida já passaram pelo Colégio Universitário Pio XII cerca de 1500 alunos. No próximo mês de Janeiro haverá uma festa com os antigos alunos. “Uma obra que tem prestado bons serviços à sociedade e à Igreja” – finalizou.

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