Pela primeira vez foi organizado um dia de acolhimento ao estudante estrangeiro, porque “eles constituem uma realidade importante no nosso país e pretendemos assinalar esse quadro com este encontro” refere Rui Marques Alto Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas, à Agência ECCLESIA, num momento que se pretendeu de convívio, mas também iniciador de contactos com as estruturas de apoio aos imigrantes. As principais dificuldades que assinalam na integração prendem-se com a diferença no meio escolar e social “mesmo os que provêm de língua oficial portuguesa sentem algumas diferenças que precisam de enquadramento social e escolar”. Registam também a falta de uma rede de apoio, “pois estes estudantes na sua maioria vêm sozinhos e precisam até de um círculo de amizades para se sentirem integrados”. As bolsas de estudo que Portugal distribui são “uma boa prática de integração” acrescida de um maior trabalho no tratamento igual a nível médico, de apoio social para que se sintam bem, “e que tenham sucesso nos estudos contribuindo assim para as suas comunidades de origem quando regressarem” aponta, sublinhando que Portugal tem boas práticas de acolhimento destacando que as associações de imigrantes em Portugal são parceiras no Conselho Nacional de Apoio ao Imigrante, “sendo este um grande sinal de participação”. “Queremos acolher condignamente todos os estudantes, em especial os de língua oficial e expressão portuguesa, criando condições para se prepararem no nosso país” afirma, assinalando que o dia de acolhimento ao estudante estrangeiro “é uma iniciativa para continuar”.