Bispos espanhóis pedem respeito pela vida desde a sua concepção

«O embrião não é um mero agregado de células vivas, mas sim o primeiro estádio da existência de um ser humano» — afirmam os bispos que integram a recém-criada Subcomissão para a Família e Defesa da Vida da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), numa nota. No documento, escrito para assinalar o décimo aniversário da publicação da Encíclica “Evangelium vitae”, de João Paulo II, manifesta-se a firme certeza de que «a vida humana é um dom precioso de Deus», devendo ser encarada com dignidade «desde o momento da fecundação». Tendo por base recentes documentos da CEE e a posição da ONU, que recomenda a «proibição de investigação em qualquer tipo de embriões, bem como a clonagem terapêutica ou reprodutiva», os bispos espanhóis afirmam que «a ciência alcança o seu fim mais alto quando reconhece, respeita e promove» a vida. Nesta perspectiva, aquela Subcomissão da CEE entende que as intervenções e terapias científicas que beneficiam o futuro recém-nascido, ainda no útero, são «autênticas terapias, devendo ser usadas ao serviço do homem, tendo em conta os princípios éticos». Quanto aos investigadores e centros de formação, os bispos incitam a que «procurem incutir em todos o respeito pela vida humana, pondo os seus conhecimentos ao serviço das pessoas». Face às contínuas ameaças da chamada «cultura de morte», baseada na «anti-concepção, na extensão das esterilizações, na diminuição preocupante da natalidade, aborto e pílula do “dia seguinte”», a Subcomissão convida os espanhóis a assinalar a solenidade da Anunciação do Senhor, no dia 4 de Abril, «com iniciativas que sirvam para que o apreço e respeito da vida, como propõe a “Evangelium vitae”, seja conhecido e anunciado nas igrejas». Neste sentido, os bispos de Espanha apelam também às famílias, «que são uma magnífica manifestação do Evangelho da Vida», para que «vivam generosamente abertas à vida, sustentando os seus membros mais débeis e necessitados com tempo e as suas melhores energias». Quanto à sexualidade, é na família que os filhos melhor a podem entender. Dirigindo-se aos cientistas, profissionais de saúde, famílias e associações familiares, o documento convida todos a implicar-se activamente, promovendo «uma visão cristã da família e da vida como dom de Deus».

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