Bispos de Hong Kong chamados ao Vaticano

O Cardeal Joseph Zen Ze-Kiun, Bispo de Hong Kong, e o seu coadjutor, D. John Tong Hon, estarão no Vaticano de 11 a 12 de Março para uma reunião convocada pelo Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano. O objectivo é fazer um balanço da carta enviada por Bento XVI aos católicos da China, segundo o jornal South China Morning Post. O quotidiano de Hong Kong frisa que há sinais de abertura por parte da China, quanto a eventuais negociações com o Vaticano, apesar de as autoridades de Pequim continuarem inflexíveis nas suas exigências: que o Vaticano deixe de reconhecer Taiwan como país independente e que aceite também a nomeação dos bispos chineses por parte da Associação Patriótica Católica (APC), controlada pelo Estado. Na carta do Papa, datada de 30 de Junho de 2007, Bento XVI criticou as políticas restritivas da China, que “sufocam” a Igreja e dividem os fiéis entre o ateísmo oficial e um catolicismo “clandestino”. Apontando os sinais de abertura, “é verdade que, nos últimos anos, a Igreja tem gozado de uma maior liberdade religiosa”, o Papa referiu-se ainda à existência de “sérias limitações” que “sufocam a actividade pastoral”. Embora o Partido Comunista Chinês se declare oficialmente ateu, a Constituição chinesa permite a existência de cinco Igrejas oficiais (Associações Patrióticas), entre elas a Católica, que tem 5,2 milhões de fiéis. Segundo fontes do Vaticano, a Igreja Católica “clandestina”, ligada ao Papa e fora do controlo de Pequim, conta mais de 8 milhões de fiéis.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top