Bispos de Évora criticam «fé desligada da vida»

“Não há verdadeira adesão à fé, esperança e amor, sem arrependimento e perdão dos pecados”, manifestam os Bispos de Évora na mensagem para a Quaresma de 2007. Mas D. Maurílio Gouveia e D. Amândio Tomás constatam igualmente “a perda do «sentido do pecado», ameaçado pela «deformação, entorpecimento e anestesia das consciências», expostas à “sujeição a modelos éticos impostos pelo consenso e costume generalizado”. A rotina, a ignorância e a inconsciência com que se celebra e vive a Eucaristia, “repercute-se na vida incoerente dos cristãos desmotivados”, apontam “sem impacto social, com uma fé morta, desligada da vida, indiferente a tudo e todos”. O Baptismo, relembram os Bispos e Évora “é o primeiro e principal sacramento para o perdão dos pecados, mas não suprime a fragilidade e não nos torna intocáveis”. O sacramento da penitência é a “via para obter o perdão e a remissão dos pecados graves”. Este é o caminho para retornar à consciência “iluminada e esclarecida, o retorno à conversão, à confissão, ao arrependimento dos pecados, abrindo caminho para o perdão misericordioso”. Mas D. Maurílio Gouveia e D. Amândio Tomás registam que “a fé sem obras é morta” e adiantam que “não há conversão a Deus sem a conversão às necessidades dos irmãos em humanidade”. Por isso, “continuando atentos aos sofrimentos dos mais frágeis e pobres”, os Bispos de Évora anunciam que o contributo quaresmal da diocese se destina à Ajuda às Crianças do Mundo, que através de Bento XVI, “ajudará as crianças pobres, órfãs e vítimas da guerra, da prepotência, da manipulação, da incúria, do egoísmo, dos mais baixos e abomináveis instintos e maus tratos que elas sofrem por parte dos adultos”. Notícias relacionadas O coração Trespassado de Cristo Fonte de Misericórdia e Perdão

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