Bispos da Alemanha e França comentam nova encíclica

O presidente da Conferência Episcopal Alemã, D. Robert Zollitsch, arcebispo de Friburgo, considera que a encíclica Caritas in veritate "oferece um contributo decisivo para o debate sobre a globalização e a justiça."

Para o Arcebispo, o próprio momento da sua publicação – na véspera da cimeira do G8 – sublinha a urgência da sua finalidade: "O Papa não dirige só um apelo aos governantes das nações industrializadas, para que enfrentem com coragem os desafios actuais sem subestimar o aspecto ético, mas encoraja todas as pessoas de boa vontade a considerarem-se actores e não vítimas dos acontecimentos actuais".

D. Zollitsch definiu a terceira encíclica de Bento XVI como "uma obra grandiosa" e um "passo significativo" no caminho da doutrina social católica. "A encíclica analisa de modo específico os sinais dos tempos, indicando os critérios que devem ser observados para promover a justiça de modo sustentável no mundo inteiro", disse o prelado.

Por sua vez, em nota divulgada pelo site da Conferência Episcopal Francesa, o Cardeal André Vingt-Trois, indicou a Caritas in veritate como "uma formidável mensagem de esperança a todos os católicos e pessoas de boa vontade que queiram reflectir sobre questões da fé crista".

O Arcebispo de Paris afirma que a humanidade tem a missão e os meios para administrar o mundo em que vivemos, e transformá-lo, fazendo progredir a justiça e o amor, nas relações humanas e nos campos social e económico.

Para o presidente do episcopado francês, o documento pontifício tem dois pontos particularmente significativos: a afirmação de que nenhum âmbito da actividade humana está isento de responsabilidade moral  e a reflexão sobre a globalização e a sua relação com o desenvolvimento.

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