Bispo do Porto dá lição sobre a nova Europa

Na celebração da bênção das pastas “O mundo ocidental vive hoje afectado e inquieto com medo de terrorismo. Experimentou-o e teme-o” – referiu D. Armindo Lopes Coelho, bispo do Porto, na celebração da bênção das pastas, dia 2 de Maio. Perante uma assembleia composta maioritariamente por estudantes, o prelado do Porto salientou ainda que “neste contexto difícil para o nosso mundo joga-se também o futuro da Europa, quer pela circunstância do alargamento da comunidade (de 15 para 25 membros) quer pelas negociações sobre a Constituição europeia e o seu Preâmbulo”. Aos cristãos presentes, especialmente aos finalistas, no Estádio Prof. Doutor José Vieira de Carvalho, na Maia, D. Armindo Lopes Coelho pediu-lhes: “esta é a vossa hora de compromisso e de promessa. Vivestes nas vossas respectivas Escolas o tempo de preparação, durante o qual contraístes deveres de gratidão para com os Mestres, colegas e todo o pessoal que, no serviço que realiza, desempenha funções de cireneu” De facto está em causa um futuro que “não pode nem quer esquecer o passado”. E está em causa um conjunto de valores e princípios que estão “na base da União desejada e que condicionam sem dúvida a unidade e até a sobrevivência futura” – sublinhou na homilia. Em relação à Academia do Porto coloca em destaque algumas notas distintas: “a consciência da pluralidade própria das sociedades livres, respeitamos a situação e as opções pessoais de cada um, e não ignoramos a diversidade da fé, de credo e de religião”. Nos 25 países que são membros da União desde o passado 1 de Maio “é comum o fenómeno da exclusão social, 14% nos dez novos membros e 12% nos quinze de mais longa data”. Por outro lado, pertencer a uma família e ter filhos são “elementos estabilizadores e consolidam o desejo de ter um lugar na sociedade” – realça o bispo do Porto. No entanto deixa um alerta: “a família deve ser considerada como a principal forma de integração social e servir de intermediário entre o indivíduo e a sociedade”. Enquanto para os novos membros da UE “a família e os filhos constituem uma das primeiras prioridades”, os jovens dos quinze “atribuem menor importância ao factor da família e das crianças, o que é sinal da tendência para uma atitude mais individualista e mais hedonista” – lamenta. Notícias relacionadas •Bênção das Pastas

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