Bispo do Porto

Assume as raízes que o ligam à Diocese e mostra-se disponível para conhecer e servir a Igreja e a sociedade D. Manuel Clemente foi hoje nomeado por Bento XVI como novo Bispo do Porto, sucedendo a D. Armindo Lopes Coelho, que renuncia por ter ultrapassado o limite dos 75 anos de idade previsto no Código de Direito Canónico. Nascido em Torrres Vedras e, até agora, Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Manuel Clemente faz questão de sublinhar que o Porto não lhe é completamente estranho: “Tenho alguma ligação ao Porto – a minha mãe é portuense e sempre nos lembrou isso”. Em entrevista ao Programa ECCLESIA, D. Manuel Clemente assinala que “as expectativas estão todas na graça de Deus. Eu aproveito para retomar aqui os termos da saudação que enviei à Diocese, nesta circunstância, dizendo que o meu único programa é «conhecer, amar e servir a Diocese do Porto»”. O novo Bispo do Porto quer “estar perto das pessoas, das instituições, dos padres, dos consagradas, das consagradas, das famílias e isso é um trabalho a que me dedicarei com todo o gosto”. “O melhor que qualquer realidade tem é o seu rosto, cada rosto”, prossegue. No seu ministério episcopal, D. Manuel Clemente promete estar atento “a tudo aquilo que o Espírito vai suscitando nesta grande Diocese”, tentando que tudo isso se faça “em convergência, em unidade, não só para os que estão na Igreja, Corpo de Cristo, mas também como serviço à sociedade, enquanto sinal, fermento e instrumento de unidade e aproximação entre as pessoas”. A sua nova missão será feita a partir da convicção de que esta é uma tarefa de amor, que brota “do amor de Cristo pela Igreja”. De partida para uma realidade diferente, o novo Bispo do Porto prefere sublinhar a “igualdade de origem”, porque a Igreja é do mesmo Deus, e a “unidade” de todos os cristãos, por força da acção do Espírito de Jesus Cristo. Ser “Bispo do Porto”, com toda a carga simbólica do título, associado a figuras como António Ferreira Gomes, não intimida D. Manuel Clemente: “O Espírito é o mesmo, o Espírito que trabalhou nessa e noutras grandes figuras da Diocese do Porto é o mesmo Espírito que trabalhará em mim. Depois, o que as circunstâncias produzirem, logo se verá”. Saudação Na primeira saudação que dirige à Diocese, D. Manuel Clemente refere que vai dedicar à sua nova missão “tudo quanto tenha de coração e espírito”. O prelado explica o próposito de “conhecer, amar e servir a Diocese do Porto”. “Conhecê-la na qualidade e circunstância de cada sector, geográfico, social e cultural. Amá-la, com o amor de Cristo esposo, que se entrega com quanto é e tem. Servi-la, aproximando e unindo o muito que o Espírito vai suscitando em cada um dos fiéis, das comunidades e iniciativas que tanto enriquecem a Igreja portucalense”, escreve. Nesta saudação, o prelado inclui também todos os crentes de outras confissões e credos que vivem na diocese do Porto, “ciente de que a fé em Deus é o melhor alicerce e incentivo da nossa fraternidade e solidariedade”. “Igualmente dirijo uma palavra de muita estima e disponibilidade a todos os que nas diversas instâncias públicas e autárquicas, bem como académicas, culturais, sociais, filantrópicas e desportivas, se dedicam ao serviço do bem comum, rumo a uma sociedade sempre mais justa, solidária e fraterna”, diz ainda. Entrevista ao Programa ECCLESIA De alma e coração para o Porto Notícias relacionadas Saudação à Diocese do Porto Novo Bispo do Porto

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