Bispo do Funchal pede fé viva e esclarecida para manter a tradição

"As celebrações litúrgicas e as festas terão tanto mais sentido e valor quanto mais a nossa fé estiver esclarecida", alertou ontem D. António Carrilho. O Bispo do Funchal falava na festa de São Pedro, na Ribeira Brava, onde apelou à vivência religiosa segundo "a fé da Igreja" e "não ao jeito de cada um".

Para o Bispo do Funchal, há que "unir aquilo que é tradição com a novidade da mensagem que todos os anos deve ser actualizada". O exemplo dos apóstolos, que também foram "mártires pela causa do Evangelho, é algo que nos interpela no tempo de hoje", sublinhou.

"É muito importante que quem vive a tradição se dê conta da importância da fé na diversidade dos seus valores e também dos sacrifícios que são inerentes ao anúncio do Evangelho. A verdade que se tem para anunciar pode não agradar a toda a gente, mas é uma proposta para quem quiser aceitar, acolher e viver. E não deixaremos de fazer essa proposta, mesmo que traga sacrifícios. Teremos de continuar a anunciar o Evangelho, assumindo os riscos que o anúncio sempre terá", a exemplo dos "dois grandes apóstolos da Igreja (Pedro e Paulo) que aparecem como fundamento", explicou o Bispo do Funchal na homilia.

A celebração de São Pedro na igreja paroquial da Ribeira Brava contou ainda com vários sacerdotes (entre os quais se destacava o pároco, Pe. Bernardino Trindade), seminaristas, Confrarias e as principais entidades oficiais do Concelho. No final, saiu a tradicional procissão com muitos devotos daquele apóstolo, considerado o primeiro Papa da Igreja.

 

Avaliação positiva do Ano Paulino

O Bispo do Funchal faz uma "avaliação muito positiva do Ano Paulino" na nossa diocese, "porque houve muitas iniciativas nas Paróquias, nos Movimentos, nos Grupos Apostólicos, sobretudo numa linha de estudo, de aprofundamento da mensagem de São Paulo. Houve iniciativas e actividades organizadas pelos Arciprestados (ou conjunto de paróquias) que foi muito bom; e o encerramento foi uma mobilização geral da diocese", destacou D. António Carrilho em declarações ao Jornal da Madeira.

"Depois das actividades mais particulares e de grupos mais restritos", no final tivemos "a alegria e a comunhão de todas as comunidades. Considero que foi muito positivo o que se realizou neste Ano Paulino", como podem "dar testemunho as pessoas que participaram e viveram" este acontecimento.

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