Bispo do Funchal pede «fé esclarecida»

Uma “fé cada vez mais esclarecida e profunda para darmos o verdadeiro sentido às nossas tradições, às nossas festas, o verdadeiro sentido à nossa vida cristã”, foi o convite deixado pelo Bispo do Funchal aos fiéis que ontem à tarde encheram a igreja da Ribeira Brava para a solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo. “Celebramos muitas festas, temos imensas tradições religiosas na nossa diocese, graças a Deus, agora, não deixemos perder o sentido profundo, o sentido de fé destas tradições, das nossas festas”, apelou D. António Carrilho na homilia da celebrada na Ribeira Brava. “Há muita festa à volta, arraial, alegria, convívio, partilha, tudo isso é bom mas sem esquecer o motivo da festa, aquilo que fez grande aquele a quem hoje honramos”, explicou. O Bispo do Funchal exortou ainda os fiéis presentes a seguirem os ensinamentos dos Santos que ficaram na história e a aproveitarem as iniciativas das paróquias para o aprofundamento da fé, dando como exemplo São Pedro e o Ano Jubilar Paulino que decorre na Igreja até 29 de Junho do próximo ano. Entres os “santos populares” festejados no mês de Junho, São Pedro destaca-se pela responsabilidade que assumiu na missão dada por Cristo para ser “o primeiro Papa da Igreja” Pescador de profissão, Pedro “deixou de andar na barca do mar e passou a andar na barca do mundo com uma responsabilidade particular que lhe foi dada por Jesus Cristo”. “Na fé de Pedro assenta a Igreja de Cristo em termos humanos. Pedro é Vigário de Cristo”. A sua escolha teve por base a relação muito próxima com o Senhor, a generosidade total com que abraçou o ideal de anunciar a mensagem do Evangelho “no meio das ondas do mundo”, apesar das “falhas e das negações”… e, sobretudo, porque reconheceu em Cristo o “Messias”. Por isso “entrou na alma do povo”, apontou D. António Carrilho. A mesma pergunta feita há dois mil anos por Cristo aos seus discípulos: “Que dizeis vós quem Eu sou?”, continua a ter cabimento nos nossos dias, disse por outro lado o Bispo do Funchal na sua homilia. “Que dizemos de Jesus Cristo, aqui, nas paróquias?, o que pensam as pessoas que estão mais longe da Igreja? Que ideia têm de Jesus os que estão mais próximos?, como nós, que vamos à missa e vamos à festa? Será que os que andam perto conhecem melhor Jesus numa relação de intimidade, têm um conhecimento mais profundo da mensagem que Ele ensinou? Confiamos-Lhe totalmente a nossa vida?”, questionou o Bispo do Funchal que no final deixou o convite para que “com os olhos em Pedro procuremos aprender um pouco do percurso que ele fez pela fé” até afirmar: “Tu és o Messias!” Uma “fé esclarecida, aprofundada e assumida, a exemplo de São Pedro, é o que se propõe também para o nosso tempo”, sublinhou D. António Carrilho.

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