Bispo do Funchal pede aos jovens que tenham esperança

O momento actual não é favorável à concretização de projectos no campo profissional, mas é preciso não baixar os braços perante as dificuldades, apelou o Bispo do Funchal, D. António Carrilho, às centenas de jovens madeirenses que ontem, na Sé, foram «benzer» as suas “pastas” de finalistas. “Hoje, um curso superior não oferece segurança nem oportunidade de ingresso imediato no mundo do trabalho”, reconheceu D. António Carrilho na homilia da celebração eucarística a que presidiu na Catedral. Ainda assim, pediu aos jovens que “não desanimem, não percam a coragem de sonhar, não vos deixeis perturbar por eventuais insucessos, sejam pontuais ou passageiros. Vós, jovens, tereis de ser o rosto da esperança e da alegria neste mundo belo que Deus ama”, afirmou. Há esperança quando há vida humana Na sua reflexão, D. António Carrilho fez ainda um alerta para que, perante as situações de incerteza que rodeiam o mercado do trabalho, haja mais “coragem e valentia”, a benefício de todos. “Num mundo de competição exagerada, e até de tantas injustiças, são múltiplos os desafios propostos à juventude perante a incerteza do futuro e as crescentes dificuldades de emprego. Face à mudança vertiginosa da civilização actual, urge ter a coragem de recomeçar sempre de novo, aceitando porventura as propostas de trabalho que forem surgindo”, disse. “Todos os trabalhos são importantes quando realizados com honestidade, amor e responsabilidade. Como dizia Simone Weil, há esperança quando há vida humana”, acrescentou. O Bispo do Funchal lembrou, por outro lado, os “grandes homens e mulheres que se notabilizaram pelas suas descobertas científicas em favor da humanidade” e que “também passaram por graves privações e dificuldades, mas souberam ultrapassá-las com valentia e audácia. É importante que cada um coloque o coração no objectivo que tem vista. Vão em frente, não desanimem, tenham sempre a coragem de sonhar e de lutar para vencer na vida, pensando em vós, na sociedade, porque tudo aquilo que vós próprios adquiristes não é um dom para ficar na gaveta de cada um, são dons que nos enriquecem para comunicar e transmitir um serviço da própria comunidade”, sublinhou. Na sua mensagem final, D. António felicitou os jovens finalistas, escolas e famílias pela licenciatura prestes a concretizar, “entregando” também à Senhora do Monte um “futuro de alegria, de felicidade, paz e realização pessoal ao serviço da sociedade.”

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