Bispo do Funchal analisa trabalhos do episcopado

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), em reunião plenária de quatro dias, reflectiu sobre os caminhos pastorais a trilhar pelas dioceses nos próximos três anos e analisou temas da actualidade como a escola e a família no nosso país. Também se confirmou a maioria dos responsáveis pelas diversas Comissões e a presidência da CEP. “Uma aposta na continuidade, mas também uma resposta ao que é novo”, salientou D. António Carrilho ao JORNAL da MADEIRA. A família continua na ordem do dia em Portugal e o tema fez parte da reflexão dos Bispos. “Neste momento concreto em que têm sido tomadas várias iniciativas legislativas que tocam o casamento e o divórcio, a Conferência lembra aos católicos em especial a Doutrina da Igreja sobre o matrimónio e não pode deixar de se preocupar com tudo aquilo que possa fragilizar ainda mais a estabilidade social que tem no casamento e na família o seu fundamento”, sublinhou ao JM D. António Carrilho que continua à frente da Comissão Episcopal do Laicado e Família. Assunto a merecer atenção especial foi também a educação que, “na prática, reflecte a problemática geral das escolas que nos últimos tempos tem motivado o debate social e político, envolvendo questões relativas aos professores e aos alunos, sem poder alhear as famílias, como é óbvio, até porque os pais são os principais responsáveis pela educação dos filhos”. Neste contexto, “os Bispos dizem-se convencidos que só num clima de confiança e de exigência mútuas, alunos, pais, professores e sociedade em geral é que será possível melhorar a nossa educação”, sublinha ainda o Bispo do Funchal. Nesta reunião, evidenciaram-se também reflexões sobre“os caminhos pastorais mais urgentes a trilhar pelas dioceses”, com base na visita ad limina e com objectivo de se promover “o sentido de comunidade, o sentido de comunhão, de repensar os percursos, os itinerários de iniciação cristã de maneira a formar cristãos comprometidos e activos, praticantes, para usar uma linguagem comum, e a preparar sacerdotes e leigos para que a pastoral seja realizada com maior corresponsabilidade e participação”. Outro tema em destaque foi o Ano Paulino, de 28 de Junho próximo a 29 de Junho de 2009, que será aproveitado como “um projecto de catequeses a partir da doutrina das Cartas de S. Paulo para 52 semanas. Quer dizer, é um ano a caminhar com S. Paulo. Muitas vezes dizemos que é bom apostar numa catequese de adultos e seria útil dispor de alguns elementos e alguns meios de apoio para essa catequese”, adiantou D. António Carrilho ao Jornal da Madeira.

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