Bispo do Algarve lembra que a Igreja tem obrigação de acolher os divorciados

No contexto das Jornadas Diocesanas de Pastoral Litúrgica, que se realizaram no passado fim-de-semana de 17 e 18 de Janeiro no Centro Pastoral e Social da Diocese do Algarve, em Ferragudo, o Bispo do Algarve lembrou que uma das questões mais delicadas que a Igreja vive presentemente, no que respeita à comunhão eucarística, prende-se com a situação dos divorciados. “Um dos grandes problemas que vivemos hoje é o facto de os divorciados, pessoas cujo casamento pela Igreja não resultou apesar de todos os esforços e que se casaram segunda vez pelo Registo Civil, quererem continuar a participar na vida da Igreja. Sofremos todos com isso, mas a Igreja deve acolhê-los e tem obrigação de os acolher”, frisou D. Manuel Quintas, explicando no entanto que, “devido à sua situação sacramental, não podem comungar”. “A Igreja propõe-lhes que comunguem da Palavra”, justificou o Prelado, considerando que “ninguém se devia sentir excluído”. Esta mesma ideia foi igualmente salientada pelo Cardeal Ennio Antonelli, presidente do Conselho Pontifício para a Família, quando, durante a apresentação do recente VI Encontro Mundial das Famílias que teve lugar na Cidade do México, ressaltara que a Igreja não exclui ninguém. “A Igreja é próxima e acolhedora também para os casais irregulares e convida-os a fazer todo o bem possível e a rezar, porque Deus ajuda-os”, explicou o Cardeal italiano respondendo a uma pergunta sobre divórcio e filhos gerados fora do casamento.

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