Bispo de Viseu fala da experiência de dirigir um Jornal

Edição do «Jornal do Centro» está a ser ultimada. Em Coimbra, D. Albino Cleto já assinou «Diário das Beiras»

O bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, foi director do «Jornal do Centro» por um dia. Uma experiência “interessante” visto que “tivemos que pensar o jornal com a equipa e a direcção e conjugar os temas” – confessou à Agência ECCLESIA o prelado de Viseu.

As temáticas centrais do primeiro número de 2010 deste órgão de comunicação abordarão o Natal, a Paz e a crise social. “Procurei ligar estes temas à vida” – disse. E acrescenta: “à vida, sobretudo na sua situação mais difícil”.

Neste processo, D. Ilídio Leandro desempenhou também as funções de jornalista. “Fiz uma entrevista aos directores de duas instituições: Lar de Santa Teresinha e Lar de Santo António”.

As instituições de Viseu que acolhem crianças abandonadas e que estão ao “serviço da “vida mais pobre e mais marginalizada” terão também o seu espaço no «Jornal do Centro». Com um novo director nesta edição, o bispo de Viseu acredita que haverá um aumento nas vendas. “Com a publicidade feita e pela curiosidade” – sublinhou.

O tempo para escrever o editorial e algumas peças jornalísticas foram as maiores dificuldades sentidas por D. Ilídio Leandro. A edição ainda não está encerrada. Amanhã (dia 6 de Janeiro) será feita a paginação.

Esta iniciativa foi promovida pelo Grupo «Lena Comunicação» que conduz os destinos de quatro jornais regionais: «Jornal do Centro»; «Jornal da Bairrada»; «Diário das Beiras» e «Região de Leiria». D. Albino Cleto, bispo de Coimbra; D. António Francisco Santos, bispo de Aveiro, e D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, desempenharam papéis idênticos ao bispo de Viseu.

Coimbra

Já publicado foi a edição do “Diário das Beiras” dirigida por D. Albino Cleto, o qual assina um texto assinado “Semear verdades”.

“Por dever de ofício, um bispo é um comunicador”, assinala. O bispo de Coimbra acompanhou a finalização das notícias e colaborou na escolha dos temas da primeira página, afirmando que existem “pontes feitas para uma informação recíproca”.

Vestida a pele “director” da edição de 2 de Janeiro, D. Albino Cleto admite que “por vezes se incomoda com a publicação de alguns acontecimentos menos pacíficos”, mas “aceita”.

“A Diocese de Coimbra, que o nosso Diário procura cobrir é extensa e variada. Por isso são vários também os problemas que nela se verificam: o despovoamento das zonas serranas, a falência dos têxteis no Centro e na Serra da Lousã, a quebra da cerâmica nas cidades”, escreve.

O bispo lembra ainda os “muitíssimos” desempregados que resultam da “morte das empresas”, destacando as iniciativas que têm procurado “criar ajudas para os que sofrem”.

A edição destaca a presença de D. Albino Cleto na redacção do jornal. O prelado diz que “esta é para mim uma oportunidade de reafirmar a Igreja como uma organização pública que está presente na sociedade de modo bem visível e interveniente”.

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