Bispo de Santarém critica pergunta do referendo

«Respeito e a protecção à vida gerada no seio» é a verdadeira questão, assegura D. Manuel Pelino D. Manuel Pelino, Bispo de Santarém, lamenta que a pergunta posta a referendo seja “ambígua e confusa”. Para este responsável, a questão a ser referendada “parece colocar, de um lado, os que são compreensivos e modernos e despenalizam a mulher que interrompe a gravidez e, do outro lado, os que a condenam”. “A verdadeira questão, porém, que está em causa é o respeito e a protecção à vida gerada no seio. Trata-se, no fundo, de dizer não ao aborto e sim à vida”, refere. Neste sentido, o Bispo de Santarém considera que a campanha para o próximo referendo ao aborto “é uma oportunidade de esclarecimento e de formação sobre o mistério da vida humana, o seu começo, protecção e direitos”. Numa mensagem publicada na página oficial da Diocese, na Internet, D. Manuel Pelino observa que esta “não pode ser uma questão política de esquerda ou de direita ou assentar apenas numa perspectiva pragmática ou depender de conveniências individuais”. “O problema de gerar e proteger a vida ou de causar a morte tem a ver com os fundamentos éticos em que assenta a sociedade nos quais se podem alicerçar os direitos humanos fundamentais e edificar a justiça, a dignidade e o futuro”, prossegue. A mensagem sublinha que a legalização do aborto irá provocar “a diminuição de nascimentos”, agravando-a ainda mais a crise demográfica. “Esta situação reclama que se fomente uma cultura de vida, incentivando e apoiando a maternidade, e não uma cultura de morte”, aponta. D. Manuel Pelino classifica como “débil e provinciano” o argumento de que a liberalização do aborto “nos situa ao nível dos países mais civilizados”. Como opção ao aborto, o Bispo do Santarém pede que as mães que não desejam os filhos sejam ajudadas a “encaminhar” as crianças, para que as mesmas possam “encontrar berço e mãe”. “Neste momento existem já no país alguns centros preparados para esta ajuda. Outros poderão erguer-se. Errado seria aconselhar a esta mulheres grávidas que abortem”, assegura.

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