Bispo de Santarém aplaude mobilização pelo Haiti

D. Manuel Pelino considera que a tragédia do Haiti “está a gerar uma onda admirável de solidariedade e de partilha”. Além do envolvimento individual, revelador de “muita bondade e generosidade”, o prelado enaltece a acção das organizações não governamentais, que têm mostrado “grande capacidade de intervenção” e oferecido uma “resposta rápida que está já em acção no terreno”.

Para o bispo de Santarém, é “admirável a participação activa da sociedade” e a “riqueza do voluntariado”. “Nestas ocasiões as pessoas não ficam à espera que os governos resolvam”, refere em texto publicado no semanário diocesano ‘Porta do Sol’.

A mensagem valoriza o facto de o auxílio estar a chegar directamente ao destino, assinalando o exemplo das ligações que a Cáritas Portuguesa mantém com as suas congéneres internacionais que estão a trabalhar no Haiti: “Podemos (…) partilhar com a confiança de que a ajuda é bem encaminhada e bem aplicada.”

“Embora lamentemos tantas vezes o forte egoísmo que parece pautar o comportamento dos nossos contemporâneos, nesta altura não podemos deixar de admirar a marca da caridade bem visível no coração humano”, escreve D. Manuel Pelino.

O prelado constata, no entanto, que este dinamismo não se estende à resolução de graves problemas do mundo contemporâneo: “Se toda a gente fosse empenhada em participar activamente na humanização da sociedade, no respeito pela dignidade de cada pessoa, na responsabilidade pelo bem comum, na defesa dos direitos humanos e da integridade da criação, teríamos uma vida com mais qualidade tanto nas relações sociais como a nível ecológico.”

O bispo de Santarém recorda a mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz, intitulada “Se queres cultivar a paz preserva a criação”.

A crescente preocupação face “à qualidade do ambiente natural” não tem sido suficiente para erradicar a crise ecológica, que, segundo o Papa, “está profundamente relacionada com a crise cultural e moral”.

“Para participar activamente na construção da justiça e da paz e no compromisso com uma vida saudável, todos precisamos de uma educação permanente como recomenda a referida mensagem papal do Ano Novo”, observa D. Manuel Pelino. “É uma tarefa – garante – que a Comissão diocesana ‘Justiça e Paz’ se propõe levar avante.”

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