Bispo coreano saúda libertação dos reféns

O Bispo coreano You Heung-sik saudou a libertação dos reféns que se encontravam nas mãos dos talibãs, no Afeganistão, mas classificou como um “perigos precedente” o acordo entre Seul e os fundamentalistas islâmicos. Para o presidente da Cáritas da Coreia, a satisfação pela salvação das “vidas humanas” não pode anular o facto de “o nosso governo se ter humilhado ao negociar directamente com os fundamentalistas, que agora pensam poder fazer o mesmo com outros reféns”. Os últimos sete reféns sul-coreanos deverão ser hoje libertados pelos militantes talibãs, pondo fim a uma crise de seis semanas que incluiu a execução de dois dos raptados, anunciou um responsável da Coreia do Sul. O porta-voz do Presidente da Coreia do Sul, Cheon Ho-sun, afirmou hoje que, uma vez em liberdade, o grupo dirigir-se-á para Cabul antes de regressar ao seu país via Dubai, Emirados Árabes Unidos. Quarta-feira, os talibãs libertaram 12 dos 19 missionários sul-coreanos, feitos reféns, conforme o acordo com Seul. Os reféns foram entregues à Cruz Vermelha Internacional em três localidades distintas no centro do Afeganistão, não tendo nenhum dos 12 reféns falado com a imprensa. Em troca, a Coreia do Sul deverá acelerar a retirada de suas tropas no Afeganistão, prevista para o fim do ano, e suspender as actividades de seus missionários no país. Os reféns constituem um grupo de 23 missionários cristãos sul-coreanos sequestrado a 19 de Julho, dos quais dois foram executados poucos dias depois. Duas reféns foram libertadas no dia 13 de Agosto devido a seu delicado estado de saúde.

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