Bento XVI também «está» em Fátima

“Os acontecimentos ocorridos, em 1917, na Cova da Iria, deram origem a um vasto corpo de notícias e de artigos na imprensa da época como, até aí, nenhum outro fenómeno o havia conseguido” – escreve António Teixeira Fernandes na Enciclopédia de Fátima, na entrada «Imprensa e Fátima», lançada hoje (11 de Maio) naquele Santuário Mariano. 90 anos depois, o local das aparições continua a ocupar as páginas dos jornais e a preencher horas televisivas. Foi um evento que galvanizou a população, “mobilizou os órgãos de informação e dinamizou controvérsias que a situação criada pela República muito favoreceu” – salienta o autor desta entrada da obra que tem cerca de 120 entradas e mais de 50 autores. Com a crescente afirmação de Fátima, nos contextos nacional e internacional, “refreiam-se as paixões face a um fenómeno extraordinário, enquanto a notícia readquire renovada importância e, perante um mundo que nem sempre acerta com o seu rumo, não deixam as populações de encontrar na Cova da Iria lenitivos que outros espaços e poderes se revelam incapazes de oferecer”. No momento do lançamento da obra da editora «Principia», Bento XVI está num país irmão. Os portugueses esperavam que ele falasse, na Peregrinação Internacional de Maio, a língua de Camões no Santuário de Fátima. Durante estes dias, o sucessor de Pedro utiliza o português mas no Brasil. Não está presente neste Santuário Mariano, mas enviou o Cardeal Angelo Sodano. Fisicamente, Bento XVI está no Brasil, mas está também em Fátima. “O Santo Padre agarrou-me as mãos e falou-me de Fátima E eu prometi-lhe, e ele agradeceu-me, que no próximo dia 13 de Maio viria pôr aos pés de Nossa Senhora o seu Pontificado” (afirmação de D. José Policarpo na homilia da peregrinação aniversária de 13 de Maio de 2005, cerca de um mês depois do encerramento do conclave). Mons. Luciano Guerra realça também nessa entrada da enciclopédia que “o Santo Padre tem um alto conceito da intervenção de Deus em Fátima”. “Como santuário de peregrinação, Fátima supõe um antes e um depois. «Daí a complementaridade entre Fátima, como lugar de conversão, e a paróquia, como lugar de desempenho da condição de cristão (Lage – Seitas, 317). Viver a Mensagem de Fátima é uma das “melhores maneiras de actualizar a fé nos nossos dias” – sublinha Georgino Rocha, na entrada «Pastoral de Fátima»

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