Renúncia ao pontificado e esforço em prol da fraternidade são dimensões destacadas por líderes europeus
Lisboa, 31 dez 2022 (Ecclesia) – A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, manifestou hoje o seu pesar pela morte do Papa emérito Bento XVI, falecido esta manhã, no Vaticano, dirigindo-se a todos os católicos.
“A morte do Papa Bento entristece-me”, escreve a responsável, de nacionalidade alemã, tal como o falecido Papam que morreu aos 95 anos de idade.
Ursula von der Leyen evoca o “forte sinal” da renúncia ao pontificado, em fevereiro de 2013, evocando Bento XVi como um “servo de Deus e da sua Igreja”.
“Assim que a sua força física desvaneceu, continuou a servir através do poder das suas orações”, concluiu, numa mensagem divulgada através da rede social Twitter.
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU) prestou homenagem à memória do Papa emérito Bento XVI, elogiando o seu “tenaz compromisso com a não-violência e a paz”.
“Os seus poderosos apelos à solidariedade com as pessoas marginalizadas em todo o lado e as suas exortações para reduzir o fosso crescente entre ricos e pobres são mais relevantes do que nunca”, disse António Guterres, em comunicado.
Emmanuel Macron, presidente da França, dirige-se aos católicos, “enlutados pela partida de Sua Santidade Bento XVI, que trabalhou com alma e inteligência por um mundo mais fraterno”.
Sergio Mattarella, presidente da Itália, fala de um dia de luto para o país pela morte de um “intelectual e teólogo”, que “interpretou com subtileza as razões do diálogo, da paz, da dignidade da pessoa, como interesses supremos das religiões”.
“A sua gentileza e sabedoria beneficiaram a nossa comunidade e toda a comunidade internacional. Com dedicação, continuou a servir a causa da sua Igreja no papel inédito de Papa emérito, com humildade e serenidade. A sua figura continuar a ser inesquecível para o povo italiano”, refere o chefe de Estado.
Já a primeira-ministra Giorgia Meloni recorda Bento XVI como “um gigante da fé e da razão”, sustentando que o Papa emérito é “uma grande figura da história”.
Olaf Scholz, chanceler alemão, afirmou que o mundo perde “uma figura excecional” da Igreja Católica.
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, mostrou-se “triste” com a morte do “grande teólogo” Bento XVI, que visitou o Reino Unido em 2009.
O presidente norte-americano, Joe Biden, lamentou a morte do Papa emérito, recordando um “teólogo de renome com uma vida de devoção à igreja”.
Bento XVI, escreve, “será sempre relembrado como um teólogo de renome com uma vida de devoção à Igreja, guiado pelos seus princípios e pela sua fé”.
“Seja como teólogo, seja como Papa, ele falou de maneira profunda, credível e convincente. As suas páginas e as suas palavras sobre escatologia, a sua encíclica sobre esperança permanecem como um presente para a Igreja sobre a qual a sua oração silenciosa pôs o selo nos longos anos de retiro”, escreveu, por sua vez, o antigo porta-voz do Vaticano e presidente da Fundação Joseph Ratzinger-Bento XVI, padre Federico Lombardi.
OC